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ASSOCIATIVISMO - Casa do Povo abre novos horizontes a diversas formas de cultura



Com atuações da Banda Filarmónica da Casa do Povo, do grupo Tradicional de Cordas, do Grupo de Zumba da instituição e do “renascido” Grupo de Teatro e Variedades, a Casa do Povo de Penacova (CPP) mostrou, ontem, mesmo no centro da vila – Pérgola Raúl Lino – a vitalidade que a nova direção lhe quer imprimir.

O presidente da coletividade, Álvaro Coimbra, explica que “A Casa do Povo, fundada nos ano de 1960, sempre teve um papel preponderante na área do bem-estar, cultura e desporto”, recordando a época em que estas instituições concentravam os serviços de apoio social à população e até consultas médicas”.

Além disso a CPP distinguiu-se no desporto, “com grandes equipas de atletismo de fundo do Inatel”.

Atualmente a grande aposta é na cultura, motivo porque ontem decorreu o designado “Open Day”.

Grupo de Teatro e Variedades


O destaque do “Dia Aberto” foi para a apresentação do Grupo de Teatro e Variedades. O grupo esteve inativo durante duas décadas, passando agora “a ser uma das grandes apostas da atual direção da Casa do Povo que quer, deste modo, recuperar o valioso espólio deixado pelo mestre Alípio Borges”, refere o presidente da direção.

Alípio Borges foi o grande mentor do grupo teatral e autor de grande parte dos textos e composições musicais. A família cedeu recentemente, à Casa do Povo, o espólio do mestre que está a ser recuperado com a intenção de levar à cena as obras mais relevantes de teatro de revista produzidas, sobretudo, na década de 1980. O Grupo de Teatro e Variedades tem como encenador José Martins, um ex-pupilo do mestre Alípio Borges. O elenco é composto por novos atores e elementos que pertenceram à antiga formação. São todos amadores, mas como uma enorme dedicação à arte.

Álvaro Coimbra, também jornalista, destaca “a coragem de atores dessa época que agora, com 60 a 70 anos, voltam aos palcos, acompanhados pela nova geração”. Foram apresentados alguns sketches e temas musicais, compostos pelo mestre, que não eram tocados há mais de duas décadas. Ambos fazem parte do espetáculo “Recordar é Viver!” que já está em fase de ensaios.

O Grupo Tradicional de Cordas resgatou do esquecimento temas do cancioneiro popular da região de Penacova, enquanto a centenária banda filarmónica, regida pelo maestro Joel Rodrigues, assegurou o suporte musical do grupo de teatro.

Álvaro Coimbra afirma que, nesta nova fase, a Casa do Povo quer “ser um complemento à oferta cultural existente no concelho”, acrescentando que “a centralidade da sede, enbora o edifício esteja subaproveitado e a necessitar de obras, poderá ajudar a atrair mais colaboradores”.

António Rosado – Diário As Beiras



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