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PAÍS - Dívidas aos bombeiros podem parar saúde em Portugal



A dívida dos hospitais a atingir um valor aproximado de 30 milhões de euros e a “desvalorização” que a classe tem merecido nas alterações legislativas em perspetiva para a Lei de Bases da Saúde, são apenas duas razões, ainda que entre as mais gravosas, para que a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) pondere “parar”.

Quem o diz é Jaime Marta Soares, presidente da LBP, que, ontem, em declarações ao jornal, deixou clara essa possibilidade: “Nós somos parceiros fundamentais e os mais maltratados. Se os bombeiros pararem, a saúde em Portugal também para”.

No dia em que reuniu o Conselho das Federações, na sede da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra, na cidade do Mondego, Jaime Marta Soares fez questão de referir algumas das “mais importantes questões” que hoje se colocam aos bombeiros portugueses, quando são “os bombeiros os responsáveis por 98% do socorro global em Portugal”, sublinha o presidente da LBP.

Conselho Nacional da LBP irá realizar-se em outubro

E a dívida “astronómica” dos hospitais, com faturas em “atraso durante meses” – o que, de acordo com Jaime Marta Soares, acontece também com as unidades hospitalares do distrito de Coimbra –, a “desvalorização” já referida ou o programa de vigilância médica dos bombeiros, estão entre os temas a serem abordados em alguns encontros pelo país, de onde deverão surgir “propostas concretas”, numa espécie de “antecâmara” para o Conselho Nacional da LBP, que deverá ser realizado em outubro próximo.

Afirmando que “o Governo conhece bem a situação dos bombeiros portugueses”, Jaime Marta Soares não hesita na denúncia que dirige, sobretudo, ao Ministério das Finanças: “Nós estamos fartos de ser tratados como cifrões”.

Por essa razão, a LBP exige o pagamento das “dívidas” e a reposição da justiça básica para uma força que continua a dar “95% dos meios” empenhados no combate aos incêndios no país.

Lídia Pereira – Diário As Beiras



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