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SÃO PEDRO DE ALVA - Filarmónica da Casa do Povo comemorou festivamente o seu 53.º aniversário


Já vai longe o dia 8 de Dezembro de 1965, dia este em que a Filarmónica, ainda vestida civilmente, saiu da Casa do Povo bem aprumada, para participar e enriquecer a procissão em honra de Nossa Senhora da Conceição, levando à sua frente o seu fundador, Prof. António Adelino Lemos e a dirigi-la o saudoso regente Alípio Miguel, de Penacova.

Depois, no dia dois de Fevereiro do ano seguinte, garbosamente engalanada com a sua farda nova, abrilhantou a festa em honra de Nossa Senhora das Candeias, em Laborins, desta freguesia, tendo encetado uma vida ininterrupta até aos dias de hoje, mesmo enfrentando dificuldades de vária ordem, mas que sempre foram resolvidas por quem sentia sobre os seus ombros o peso da responsabilidade de a administrar com muito sacrifício, amor e carinho.

Neste campo justo será realçar um homem, franzino no corpo, mas que tem uma alma do tamanho do mundo, chamado Francisco Coimbra Figueiredo, que apoiado nos seus pares salvou a Filarmónica da sua morte prematura.

O evento da comemoração do passado dia 8 teve a enriquecê-la a participação amiga da congénere Filarmónica Varzeense, de Vila Nova do Ceira, que agrupada com a nossa, fizeram o desfile desde a Igreja à Casa do Povo.

A eucaristia, cantada e tocada pela Filarmónica, foi em sufrágio das almas do seu fundador, regentes e executantes, que já não estão junto de nós.

O almoço, muito bem servido por um restaurante da região, foi enriquecido com a presença do presidente da Assembleia Muni­cipal de Penacova, Eng. Pedro Coimbra; vereadora da Educação, Sandra Ralha; presidente da União de Freguesias, Vítor Cordeiro; presidentes da Assembleia Geral e Conselho Fiscal da casa-mãe, respectivamente Dr. Luís Morgado e Eng. Ernesto Coelho; presidente da Direcção da Casa do Povo, Bruno Trindade; presidentes das Secções Rancho e Natação, respectivamente Fernando Sousa e Lígia Fonseca; representantes da Fundação Mário da Cunha Brito, José Carlos Cordeiro; e o presidente da Secção Filarmónica, João Pedro Loureiro Correia.

Todos os intervenientes nos discursos, foram unânimes em vincar o valor das Filarmónicas nestes meios rurais e as dificuldades que estas atravessam para cativar a juventude, numa época em que as ofertas para os ocupar são muitas, contribuindo para o afastamento destes, dos bens culturais, enriquecedores da pessoa humana.

Foram entregues lembranças alusivas, mas houve uma que calou fundo no coração de quem presenciou, que foi quando foi chamada a jovem Rafaela Neves Marques, para receber o seu troféu comemorativo da sua entrada como executante na Filarmónica.

Pela minha parte endereço os meus parabéns à Rafaela, pedin­do-lhe que nunca deixe a Filarmónica e incentive as suas colegas a virem com ela aprender na Escola de Música.

Parabéns à Filarmónica, a quem a dirige e a todos os seus executantes.

Alfredo Fonseca - A Comarca de Arganil


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