BUSSACO - Após abate de 768 árvores a Mata Nacional reabriu ao público
Tal como o prometido, foi cumprido o objetivo de
reabrir a Mata do Bussaco ao público antes do Natal, com grande parte do
perímetro recuperado após a devastação provocada pela Leslie.
O momento simbólico foi ontem registado, com a presença
do secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas.
Dois meses e uma semana após os ventos ciclónicos do 13
de outubro, todas as vias e trilhos da mata, com uma área de 105 hectares,
estão transitáveis, tendo obrigado, na primeira fase, a abater 768 árvores
caídas ou em risco (todas elas em mau estado fitossanitário), que resultaram em
828 m3 de troncos de madeira compacta (equivalente à carga de 15 camiões) e
outros 1.206 m3 de ramagens.
66
hectares já limpos
Até agora, os 15 operacionais da empresa que ganhou o
concurso público (Bioflorestal) para limpar e desbastar o terreno, juntaram-se
aos seis sapadores florestais da Fundação Mata do Bussaco – utilizando diversas
máquinas em permanência – para trabalhar em 66 hectares de um total de 88 afetados,
o que vai obrigar a prolongar a empreitada por mais algumas semanas.
A rapidez da intervenção beneficiou de um concurso
público de procedimentos simplificados que o Governo fez aprovar em poucos dias
após a tempestade, numa operação financiada em 385 mil euros do Fundo Florestal
Permanente.
“No próximo ano
vamos dar continuidade ao investimento que temos vindo a fazer na Mata do
Bussaco”, disse ontem Miguel Freitas, Segundo o membro do Governo, toda a
serra onde está inserida, que abrange os concelhos de Mortágua, Penacova e
Mealhada, tem “um elevado valor natural
para o país, que é preciso olhar de uma forma diferente”.
“Adversidade”
tornada “oportunidade”
Na ocasião, o presidente da Fundação Mata do Buçaco
(FMB), António Gravato, disse que a instituição está focada em transformar um
momento de “adversidade”, como foi a destruição provocada pela tempestade, numa
oportunidade “para repor a mata como
estava e, se possível, melhorá-la”. Para 2019, avançou, está prevista a
plantação de 16 mil plantas em 22 hectares, bem como assegurar mais clareiras,
por forma a reduzir a densidade da mata e torná-la também mais facilmente
visitável.
António Rosado – Diário As Beiras
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