INVESTIMENTO - Liga Contra o Cancro com tecnologia de ponta para evitar erros
Investir na prevenção para salvar cada vez mais vidas é a
intenção do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro
(LPCC.NRC) que ontem inaugurou, em Cantanhede, uma nova unidade móvel de
rastreio de cancro da mama.
É a sexta de um total de oito novas unidades, um
investimento de 3,6 milhões de euros que começou em 2015. Só este ano o núcleo
inaugura quatro novas unidades, no valor de 2,3 milhões de euros. A de
Cantanhede é a segunda a entrar em funcionamento em 2019, depois de Ansião, e há
mais duas que devem começar a funcionar até ao verão.
As estruturas contam com equipamentos dotados de
tecnologia mamográfica digital direta e preparados para a tomossíntese que
permitem a aquisição da imagem com melhor qualidade e mais detalhe.
“Temos uma grande
preocupação com a tecnologia. As unidades estão equipadas com tecnologia do
melhor que existe”, garantiu ontem ao jornal Vítor Rodrigues, presidente da
direção da LPCC.NRC, à margem da inauguração, no Centro de Saúde de Cantanhede.
A Liga quer manter a aposta na tecnologia de ponta e
espera introduzir ainda mais melhorias, nomeadamente em “software de densidade
mamária que será uma ajuda para os radiologistas”, referiu Vítor Rodrigues,
explicando que o objetivo é apertar a malha para detetar o cancro mais cedo.
100
mil rastreadas por ano
“Uma das nossas
preocupações são os cancros de intervalo, aqueles que numa mamografia não
estavam lá, ou não eram visíveis ao olho humano, e na seguinte aparecem”,
concretizou.
O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as
mulheres e corresponde à segunda causa de morte por cancro. Segundo Vítor
Rodrigues, “aproximadamente 100 mil
mulheres fazem o rastreio por ano”, sendo que “a grande maioria são repetições”. A cada 1000, entre 30 e 50 são
encaminhadas para uma consulta de aferição, ou seja, para esclarecer o exame.
Dessas, quatro são enviadas para o hospital e, em média, 2,5 têm uma lesão. “Na esmagadora maioria trata-se de cancros
pequenos com probabilidades de cura bastante grandes”, assegura o presidente
da LPCC.NRC.
“Este é um
programa de medicina preventiva com uma ligação muito grande às autarquias, à
Administração Regional de Saúde e aos voluntários, que constituem uma
importante rede informal de apoio”, concluiu Vítor Rodrigues.
Para realizarem o rastreio, as utentes, na faixa etária
50-69 inscritas no Centro de Saúde recebem uma carta-convite com marcação para
se dirigirem à unidade móvel.
Cátia
Vicente – Diário As Beiras
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