EMPREENDEDORISMO - Distrito de Coimbra representado com 74 empresas PME Excelência
Um crescimento médio de 15% de volume de negócios em
relação ao ano anterior, é a performance alcançada pelo conjunto das 74
empresas “PME Excelência” do distrito de Coimbra em 2018, percentagem que
compara com o crescimento médio nacional das “PME Excelência”, que foi de
19,3%.
Isso mesmo foi dado a conhecer ontem à tarde, em Braga,
onde decorreu a gala anual que distinguiu todas as 2.378 Pequenas e Médias
Empresas (PME) do país, detentoras deste estatuto em 2018.
No distrito de Coimbra, as referidas 74 representam 2.255
postos de trabalho e um volume de negócios de 252 milhões de euros. São uma
fatia do total nacional das PME distinguidas ontem, que empregam 86.606
colaboradores, atingindo um volume de negócios superior a 10 mil milhões de
euros.
Foi na presença do primeiro-ministro, António Costa, e do
ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, que teve ainda lugar o
reconhecimento das PME Excelência por categorias, nomeadamente através da
avaliação de “mais exportação”, “mais produtividade”, “criação de valor”, “mais
crescimento”, “empresas gazela”, “mais emprego” e “longevidade”.
Na ocasião, António Costa deu especial relevo ao
crescimento da economia nos últimos três anos, mas avisou que é preciso saber
resistir à tentação “de dar um passo maior do que a perna”, acrescentando que
“não é nunca possível tudo para todos e já”.
“Tudo
será possível um dia”
Para justificar o seu ponto de vista, o chefe do Governo
reconheceu que “quando o crescimento existe, quando se criam perspetivas de
estabilidade financeira; de repente todos acham que tudo é possível e já. Eu,
mesmo sendo otimista, sei que tudo será um dia possível, todos terão alguma vez
melhoria e alguma dia isso acontecerá”.
A ponderação serve “para que não se corram riscos que são
desnecessários e que ninguém nos perdoaria que voltássemos a correr”,
acrescentou.
O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira,
evidenciou que as empresas presentes se distinguem de um universo de 40 mil,
acrescentando que “há fatores de contexto que explicam um maior número de
empresas com níveis elevados de autonomia financeira, que têm a ver com a
mudança que se operou na estrutura financeira portuguesa”.
De acordo com Nuno Mangas, presidente do IAPMEI, “as PME
Excelência são empresas financeiramente robustas, que apresentam um elevado
padrão competitivo, assente em estratégias de inovação e internacionalização,
desempenhando um papel de grande relevância ao nível do emprego e do
desenvolvimento local e regional”.
Ontem, em Braga, foi possível aferir que – numa leitura
regional por concelhos do distrito de Coimbra – a sede do distrito alberga
quase metade das empresas “PME Excelência”, seguindo-se uma dezena da Figueira
da Foz, seis de Cantanhede, três com sede na Lousã, igual número em Tábua e em
Arganil, duas em Penela, Soure e Oliveira do Hospital, e uma nos concelhos de
Pampilhosa da Serra, Mira e Góis.
Trata-se do conjunto das PME “que se evidenciam pela
qualidade dos seus desempenhos económico-financeiros”, adiantou a organização
conjunta do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação – e Turismo de
Portugal.
A maioria das PME Excelência que se destacaram
desenvolvem atividade nos setores da Indústria (30,2%), Comércio (25,4%) e
Turismo (19,8%).
Quanto à distribuição geográfica, estão sediadas em todos
os distritos do país, sendo que, para além de Coimbra – cuja radiografia já
vimos – a maior concentração de empresas distinguidas está em Lisboa (509),
correspondendo a 21,4% do total. Seguem-se os distritos do Porto, com 436
empresas (18,3%), Aveiro com 276 empresas (11,6%), Braga com 240 empresas
(10,1%), Faro com 193 empresas (8,1%) e Leiria com 176 empresas (7,4%).
António Costa diz que as PME são “a raiz e o músculo” da
economia
Ao discursar na edição da Gala Empresas “PME Excelência
2018”, que decorreu ontem em Braga, o primeiro-ministro afirmou que, no âmbito
económico-financeiro, é fundamental manter a trajetória de crescimento, a par
da redução do défice orçamental e da dívida pública.
Uma dívida que o Governo pretende esteja abaixo dos 100%
no final da próxima legislatura.
António Costa destacou o papel “fundamental” das pequenas e médias empresas (PME) para o
crescimento do país, classificando-as como “a raiz, o motor e o músculo” onde assenta a economia nacional, mais
do que nos grandes grupos económicos.
“A realidade
efetiva da nossa economia assenta num tecido muito sólido de PME, que dinamizam
e são a raiz, o motor e músculo da economia do país. São estas empresas que
fazem mexer a nossa economia, é fundamental o trabalho das PME”, enfatizou.
Ao destacar que, nos últimos três anos, foram criados 350
mil novos postos de trabalho em Portugal, num crescimento sempre acima da média
da União Europeia, o chefe do Governo concluiu que isso foi fruto, “sobretudo”, das PME.
Na gala de ontem foram distinguidas com o título de PME
Excelência 2.378 empresas de vários setores de atividade, o que corresponde a
um aumento de 22 por cento em relação a 2017.
Este ano, 604 das empresas premiadas são de média
dimensão, 1.652 são de pequena dimensão e 122 são microempresas. Do total de
volume de negócios, 24% são resultantes de exportações.
António
Rosado – Diário As Beiras
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