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EXPLOSÃO no Penedo Raso provoca queimaduras em 90% do corpo de uma das vítimas

Fuga de gás terá provocado a explosão, seguida de incêndio, ontem num apartamento em Penacova. Francisco Costa sofreu queimaduras de segundo e terceiro grau em 90% do corpo. A filha, Micaela, foi atingida numa perna e num braço.

Uma explosão seguida de incêndio ocorrida ontem de manhã, cerca das 9h30, num apartamento. em Penacova, provocou três feridos, um dos quais em estado considerado grave.

O ferido grave é Francisco Costada 48 anos, proprietário do restaurante Piscinas Penacova. De acordo com Informações recolhidas no local junto dos bombeiros, apresentava queimaduras em cercada 65% do corpo e foi transportado aos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC). A informação foi rectificada durante a tarde, pelo Gabinete de Relações Públicas dos HUC, que apontava para «queimaduras de segundo e terceiro grau, numa extensão de 90% do corpo». O ferido, esclarecia ainda a unidade hospitalar, encontra-se internado na Unidade de Queimados dos HUC, «entubado, ventilado e estável».

Do acidente resultaram ainda ferimentos ligeiros na mulher de Francisco Costa, Sílvia Barreto, de 46 anos enfermeira na Maternidade Daniel de Matos, em Coimbra, e numa jovem de 22 anos, Micaela Barreto Costa, filha do casal, que sofreu queimaduras no braço esquerdo e na perna esquerda. Foram também transportadas aos Hospitais da Universidade de Coimbra. Apresentavam ambas queimaduras de segundo grau, de acordo com a nota informativa dos HUC-Sílvia Barreto teve alta ainda ontem e Micaela Barreto Costa foi transferida para a Unidade de Queimados do Hospital da Prelada, no Porto, por falta de vaga na Unidade de Queimados dos HUC.

O casal tem ainda outros dois filhos mais novos, que não se encontravam no apartamento na altura em que ocorreu a explosão, segundo apurámos.

Alegadamente, e de acordo com os bombeiros, uma fuga de gás poderá ter estado na origem da explosão a que se seguiu o incêndio. O apartamento fica localizado no terceiro andar de um prédio e a explosão terá ocorrido quando a filha do casal terá acendido a luz.

O pai da jovem estaria a tomar banho quando se registou a explosão.


O apartamento ficou praticamente destruído pela explosão e pelo fogo que se seguiu. Os cortinados e os caixilhos de uma das janelas foram projectados para cima de uma árvore, tal a violência da explosão, que rebentou ainda com uma parede nas traseiras do apartamento.

Pelo menos duas viaturas ligeiras, estacionadas nas imediações do prédio, ficaram danificadas, uma delas atingida por pedaços de tijolos e estilhaços.

A estrutura do prédio não terá sofrido danos significativos, mas a situação só ficará devidamente esclarecida depois da avaliação, que deverá ser feita por peritos e pela Protecção Civil.

Uma testemunha ocular relatou que ficou preocupada quando soube da explosão, uma vez que o filho tem um apartamento no prédio, e deslocou-se para o local para se inteirar do que se tinha passado. Outros moradores, residentes nas imediações, seguiram-lhe o exemplo depois de ouvirem o estrondo. Também as chamas atingiram uma dimensão significativa, sendo avistadas do outro lado do rio, na zona da Carvoeira.

A Guarda Nacional Republicana montou um perímetro de segurança, de modo a permitir o desenrolar das operações de socorro.

Cerca de três dezenas de Bombeiros dos Voluntários de Penacova, apoiados por uma dúzia de viaturas e pela auto-escada dos Sapadores de Coimbra combateram o incêndio e asseguraram o resgate e transportadas vítimas.

João José Ribeiro - Diário de Coimbra (texto) Filipe Couceiro (foto)



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