CONFRARIA DA LAMPREIA - Antiga escola primária vai acolher sede da associação e futuro Museu da Lampreia
É um espaço de memórias e de história que, de ora em
diante, vai ganhar uma nova vida e, sobretudo, uma vitalidade acrescida.
Falamos da antiga Escola Primária Maria Máxima, de Penacova, cujo rés-do-chão vai
ser transformado na sede da Confraria da lampreia e onde vai nascer o
"embrião" do Museu da Lampreia.
O protocolo de cedência das instalações já está assinado
entre a Câmara Municipal e a direcção da Confraria, amanhã, dia 5 de
Outubro de 2019, vai ficar nos anais da história com a "tomada de posse",
simbólica, do espaço, num encontro que pretende reunir a “família confrádica".
«Nem todos os confrades andaram na escola em Penacova e, por isso, muitos não conhecem o espaço», refere Luís Pais Amante, mordomo-mor da Confraria da Lampreia, que além do simbolismo da "apropriação' do espaço, destaca a "apresentação" da nova casa aos membros da confraria, num almoço partilhado de encontro e confraternização.
A antiga cantina da escola e o armazém, bem como o logradouro, constituem o espaço destinado à confraria, que pretende criar ali a sua “âncora". «O projecto está em marcha», assegura Pais Amante, que quer transformar a zona exterior num «espaço de convívio». Quanto ao interior, pretende-se construir uma «cozinha profissional» em «substituição da que existia na escola, que pretende ser um pólo central de convívio, promovendo um intercâmbio mais directo com outras confrarias», que permita, exemplifica, «criar um dia dedicado às papas de S. Miguel ou ao camarão de Espinho». Um roteiro gastronómico que também contempla um convite à presença de «chefs de renome». «Queremos que Penacova tenha, à entrada da vila, um espaço vivo, onde haja uma certa dinâmica de actividade e vamos ter espaço para isso», sintetiza. Vinte mil euros é o investimento previsto nas obras de adaptação e requalificação, que a Confraria suporta integralmente.
«Nem todos os confrades andaram na escola em Penacova e, por isso, muitos não conhecem o espaço», refere Luís Pais Amante, mordomo-mor da Confraria da Lampreia, que além do simbolismo da "apropriação' do espaço, destaca a "apresentação" da nova casa aos membros da confraria, num almoço partilhado de encontro e confraternização.
A antiga cantina da escola e o armazém, bem como o logradouro, constituem o espaço destinado à confraria, que pretende criar ali a sua “âncora". «O projecto está em marcha», assegura Pais Amante, que quer transformar a zona exterior num «espaço de convívio». Quanto ao interior, pretende-se construir uma «cozinha profissional» em «substituição da que existia na escola, que pretende ser um pólo central de convívio, promovendo um intercâmbio mais directo com outras confrarias», que permita, exemplifica, «criar um dia dedicado às papas de S. Miguel ou ao camarão de Espinho». Um roteiro gastronómico que também contempla um convite à presença de «chefs de renome». «Queremos que Penacova tenha, à entrada da vila, um espaço vivo, onde haja uma certa dinâmica de actividade e vamos ter espaço para isso», sintetiza. Vinte mil euros é o investimento previsto nas obras de adaptação e requalificação, que a Confraria suporta integralmente.
A Reabilitação, adaptação e embelezamento do espaço
envolve um investimento a rondar os 20 mil euros, que será «inteiramente suportado» pela Confraria.
As obras deverão arrancar em breve e o mordomo-mor prevê que estejam concluídas
em Abril do próximo ano, a tempo do capítulo, para receberem as muitas confrarias
que demandam Penacova e que tem crescido de forma exponencial.
«Normalmente tínhamos 20 confrarias, no
último capítulo contámos com 62, o que representa mais de 300 pessoas». Um
«retomo», considera do investimento
que a Confraria tem feito. «Este ano já
participámos em mais de 80 actividades pelo país inteiro», refere,
sublinhando o impacto destas representações a mais-valia que isso significa «Cada vez que a farda da Confraria sai, é
Penacova que vai», resume.
DESAFIO
O Museu da Lampreia é “a menina dos olhos” de Pais Amante.
«É um sonho com mais de 16 anos»,
confessa o mordomo-mor.
«O que se pretende
é que a Confraria da Lampreia, enquanto repositório da nossa história
etnografia, principalmente nas actividades ligadas ao rio, saiba preservar todo
este património, através da criação de um espaço musicológico, onde as gerações
figuras possam saber como é que tudo isto funcionava em Penacova», diz o
mordomo-mor, destacando «questão central
dos barqueiros do rio Mondego».
Mas se a catalogação e recuperação de um vasto espólio. que
já existe e está disperso, algum mesmo em condições menos indicadas de preservação,
representa o tema do Museu, o responsável pretende que este seja um «espaço vivo, com animação», que «permita trazer ao conhecimento público, por
exemplo, as investigações que estão a ser feitas» sobre o Mondego e o seu
ecossistema, ou para a apresentação de um filme ou documentário, que possa ser
apreciado num pequeno auditório a criar.
O «embrião» do Museu da lampreia vai nascer ainda no
rés-do-chão da antiga Escola Primária Maria Máxima e o objectivo, no futuro, é
«ascender atro espaço mais digno», o
que irá acontecer, segundo Pais Amante, quando as salas do primeiro andar
estiverem vagas, uma vez que, actualmente funciona a Associação de Dadores de Sangue
e o Rancho de Penacova.
Em Abril de 2021, o mordomo-mor acredita que o Museu da
Lampreia possa ser uma realidade, a apresentar aos convidados e ao público em geral
no capítulo da Contraria da Lampreia.
Mas para Pais Amante este projecto, além de garantir a
preservação das memórias ancestrais do parado, representa, também una apesta no
futuro, em sintonia com o desafio que a Confraria da Lampreia impôs a si
própria «estar sempre ao lado do que
prestigia Penacova e fazer com que uma terra esquecida seja colocada no mapa».
Manuel
Ventura – Diário de Coimbra
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