GOVERNO - Costa afirmou hoje, em Penacova, que tem de estar disponível como primeiro-ministro para situação nos Açores
O secretário-geral do PS afirmou que cancelou parte da sua
agenda de campanha eleitoral de hoje e quarta-feira por "cautela"
face à passagem do furação "Lorenzo" pelos Açores e salientou que tem
de estar disponível enquanto primeiro-ministro.
António Costa deu esta resposta aos jornalistas, durante
uma visita às obras de requalificação do Itinerário Principal 3 (IP3), em
Penacova, depois de questionado sobre o caráter invulgar
de cancelar ações de rua de campanha eleitoral por causa de eventuais
consequências nefastas do mau tempo nos Açores com a passagem do furacão "Lorenzo".
"É sempre mais
útil prevenir do que remediar e, mesmo sendo candidato [nas eleições
legislativas], não deixo de ser primeiro-ministro. Gosto de separar as
situações de candidato nas eleições e de primeiro-ministro, mas não posso
desligar-me delas. Não posso meter férias como primeiro-ministro",
declarou o secretário-geral do PS.
Ou seja, de acordo com o líder socialista, se enquanto
primeiro-ministro for obrigatório estar disponível, "seja a partir do continente, seja no território da Região Autónoma dos
Açores", terá então de estar disponível.
"Eu tenho de
estar disponível, espero que tudo corra pelo melhor, que o furacão perca
velocidade, que se afaste do território dos Açores para o alto mar e que não
haja danos. Mas, por uma atitude de cautela, tenho de estar disponível para o
caso de ser necessário", insistiu.
Questionado sobre a escassez de ações de rua do PS nesta
campanha eleitoral, o líder socialista reagiu: "Os contactos com a
população têm sido excelentes em todos os pontos do país".
"Seguramente,
esses contactos vão continuar a ser bons. No entanto, tenho de procurar
contabilizar a atividade de candidato com a de primeiro-ministro. Não posso
prejudicar as minhas funções de primeiro-ministro por causa da campanha",
justificou.
Interrogado se vai na quarta-feira aos Açores, António
Costa referiu que ainda vai avaliar esse aspeto e que só irá caso seja
necessário.
Depois, António Costa falou como está a ser feito o
acompanhamento ao nível da prevenção sobre a passagem do furacão nos Açores.
"Desde
segunda-feira, tenho estado em contacto permanente com o presidente do Governo
Regional dos Açores [Vasco Cordeiro], foram feitos os levantamentos todos e,
até agora, não foi considerada uma necessidade de reforços por parte da
República. De qualquer forma, estão mobilizados os meios que foram considerados
eventualmente necessários pelo Governo Regional dos Açores. Esses meios serão
acionados assim que necessários", disse.
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