PREVENÇÃO - Portugal ativa os dispositivos de saúde pública de prevenção devido ao coronavírus proveniente da China
Portugal já
fez acionar os dispositivos de saúde pública devido ao coronavírus proveniente
da China e tem em alerta o Hospital de São João, no Porto, o Curry Cabral
e Estefânia, em Lisboa, disse esta quinta-feira a diretora-geral de Saúde
(DGS).
Em
conferência de imprensa, na sede da DGS, em Lisboa, Graça Freitas apresentou os
números mais recentes desta pneumonia vírica e face ao crescimento do número de
infetados na China há “uma grande necessidade” de confirmar todos os casos
reportados, porque para além do coronavírus há ainda vírus da gripe, que é
menos grave, e por isso existe alguma discrepância nos números.
Em Portugal
foram ativados os protocolos estabelecidos para situações do género, reforçando
no Serviço Nacional de Saúde a linha Saúde 24, através do número 800242424, e a
linha de apoio médico, para triagem e evitar que em caso de eventual contágio
as pessoas não encham os centros de saúde e as urgências dos hospitais.
Graça Freitas
adiantou que “não há casos suspeitos em
Portugal” de infeções com o coronavírus, não existindo uma situação de
alarme, mas por precaução está “com mais atenção” aos sete casos
exportados fora da China. A diretora-geral de Saúde falou dos números mais
recentes, que “estão constantemente em alteração”, tendo sido reportadas 17
mortes na China e 448 infetados, tendo, desses, sete saído para outros países.
A maioria dos
441 restantes é proveniente da cidade chinesa de Whuan, onde se pensa que
seja o foco da infeção, havendo também casos detetados em províncias vizinhas.
Inicialmente a informação transmitida pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
ia no sentido de que o vírus não se transmitia entre humanos, mas foi
entretanto corrigida, e por isso Graça Freitas afirmou é preciso acompanhar de
perto a situação.
A mesma
responsável explicou que existem protocolos internacionais para prevenir que o
vírus seja exportado a partir da China, sendo os rastreios feitos na
origem antes de viagens de comboio, avião ou barco. No seu esquema de
prevenção, Portugal também tem um protocolo com o Alto Comissariado para as
Migrações para fornecer serviços de tradução caso seja necessário.
A OMS decidiu
prolongar até quinta-feira de manhã a reunião do Comité de Emergência
para decidir se declara emergência de saúde pública internacional o surto de um novo coronavírus na China.
O Comité de
Emergência da OMS, formado por especialistas de diversos países, incluindo
epidemiologistas chineses, esteve hoje reunido na sede da organização, em Genebra,
na Suíça, sem chegar a um consenso, pelo que decidiu voltar a reunir-se na
quinta-feira, indicou o presidente do órgão de peritos, Didier Houssin.
O novo vírus
que causa pneumonias virais foi detetado na China no final de 2019 e já
infetou várias centenas de pessoas e provocou a morte a pelo menos 17. Trata-se
de um novo tipo de coronavírus, que é transmitido entre animais e que passou
para os seres humanos, havendo já registos de transmissão pessoa a pessoa, mas
ainda em circunstâncias não totalmente fundamentadas.
Os primeiros
casos do vírus “2019 – nCoV” apareceram em meados de dezembro na cidade chinesa
de Whuan, quando começaram a chegar aos hospitais pessoas com uma
pneumonia viral. Percebeu-se que todas as pessoas trabalhavam ou visitavam com
frequência o mercado de marisco e carnes de Huanan, nessa mesma cidade.
Ainda se
desconhece a origem exata da infeção, mas terão sido animais infetados, que são
comercializados vivos, a transmiti-la aos seres humanos. Os sintomas destes
coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar
geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.
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