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POLÍTICA - Da liderança oportunista do PS de Penacova à saída da APIN




"A história da APIN é curta, mas faz-se de vários episódios que, na verdade, mais parecem uma novela patrocinada pelo Partido Socialista de Penacova e sua liderança", referem os sociais-democratas de Penacova.
Esclarecem que "a APIN é uma empresa municipal que agrega vários municípios, alguns sem ligação geográfica e sem critério de coesão territorial", referindo que, "apesar de terem alertado, nunca foram ouvidos, tal como não o foram quando alertaram para o facto de o município de Penacova não dispor de recursos para concorrer aos fundos comunitários necessários aos investimentos, tantas vezes mal empregues”.
Referem que “a criação da APIN foi instruída por um parecer jurídico favorável de uma conhecida sociedade de advogados de Lisboa, bem paga por todos nós”, parecer esse “atestado pelo Presidente da Câmara e demais vereadores socialistas” nunca “ tendo sido contestado pelo eng. Pedro Coimbra, Presidente da Assembleia Municipal
Salientam que o “Partido Socialista de Penacova, que liderou todo o processo” nunca ouviu os deputados do PSD acerca “do real impacto do tarifário no bolso das populações, limitando-se a ignorá-los, só se lembrando do impacto financeiro do tarifário quando a população saiu à rua, num protesto sem precedentes”.
Consideram que o Partido Socialista de Penacova “se acantonou e não assumiu qualquer responsabilidade política pela criação da APIN, limitando-se a imputá-la ao Presidente Humberto Oliveira” por “estar agarrado ao poder” e porque "convive mal com a possibilidade de o perder perante os protestos da população”.
Neste momento são da opinião que ”a sobrevivência do Partido Socialista de Penacova e a sua permanência no poder, estão em risco” e por tal facto “propôs justamente o contrário daquilo que sempre defendeu”, ou seja, “a saída da entidade que criou”.
Tanto é que “o Partido Socialista de Penacova, só para sobreviver, lançou folhetos e folhetins nas caixas de correio, na tentativa de se dizer salvador do povo, que nunca foi”, demonstrando “mais uma vez que está agarrado ao poder, saindo à rua, com um parecer jurídico na mão, dizendo que a criação da APIN afinal é ilegal e que, na verdade, o que devia ter sido criada era uma Associação de Municípios e não uma empresa municipal”, adiantam.
Por fim, os sociais-democratas de Penacova perguntam “quanto vale a sobrevivência de um partido no poder e quanto vale a salvação da imagem do futuro candidato à Câmara Municipal que, curiosamente, se recusou a estar no grupo de trabalho criado para discutir o tarifário dos serviços de água e saneamento”, levantando a dúvida sobre se o “Município de Penacova anda a criar entidades ilegais, ou se as mesmas só são ilegais agora, quando é preciso.”
Consideram “que todo o processo enferma pela fraca divulgação junto das populações locais que se vêm confrontadas com o vínculo, em matéria de água, saneamento e recolha de resíduos, para próximas décadas sem que tenham sido auscultadas e informadas”, que “pelos estudos apresentados, o processo de agregação vai ter aumentos tarifários significativos com consequência ao nível dos rendimentos das famílias, que “o sistema proposto pela sua natureza geográfica junta no mesmo universo concelhos de distritos diferentes, de comunidades intermunicipais diferentes, com os quais historicamente, neste domínio, não tem havido quaisquer ligações (exceto com Poiares) não havendo no sistema coerência territorial” e que a “CIM – Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra deveria ter sido envolvida no processo, pois se numa das decisões mais importantes para a comunidade com reflexos diretos na qualidade de vida dos cidadãos não intervém ficamos sem saber muito bem para que serve.”
O PSD de Penacova “considera não terem sido convenientemente exploradas e esgotadas as alternativas junto dos concelhos vizinhos nomeadamente com Coimbra, com quem Penacova já tem sistemas partilhados” e lamenta que “atendendo à grande necessidade de investimento nomeadamente em saneamento (esquecido nos últimos anos) e ao facto dos apoios comunitários apontarem na necessidade de agregação dos sistemas para haver possibilidade de acesso aos fundos” tenha sido este o desfecho de todo o processo.
Por fim, os sociais-democratas de Penacova, desejam que “tomada que está a decisão” de saída da APIN, que “o novo sistema seja pautado por qualidade técnica, seja justo e que permita efetuar os investimento que se impõe, melhorando assim a qualidade de vida, com tarifários comportáveis para as famílias.


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