DECIR 2020 - Bombeiros ainda não receberam as remunerações de junho
As remunerações
aos bombeiros integrados no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais
(DECIR), referentes a junho, estão atrasadas, mas o Ministério da Administração
Interna diz que vão ser liquidadas o mais rápido possível.
Numa resposta
enviada à agência Lusa, após uma denuncia feita pela Associação Nacional de
Bombeiros e Agentes de Proteção Civil, de que a Autoridade Nacional de
Emergência e Proteção Civil (ANEPC) não liquidou a remuneração das equipas de
bombeiros que fazem parte do DECIR, o ministério admitiu os constrangimentos
financeiros, mas prometeu resolver o problema “com a máxima brevidade
possível”.
“No âmbito
dos pagamentos devidos aos Bombeiros que integraram o DECIR em junho, e fruto
de constrangimentos administrativo-financeiros que não são habituais, não foi
possível garantir os processamentos indispensáveis para que os mesmos fossem
feitos no tempo previsto”, refere o Ministério da Administração Interna
(MAI).
Na resposta, a
tutela lamenta o facto e garante que está a desenvolver todas as diligências
para que “possa ser regularizada, com a máxima brevidade possível,
permitindo que os 4.107.960 euros possam ser transferidos a todos os
operacionais do DECIR”.
A Associação
Nacional de Bombeiros e Agentes de Proteção Civil considera o atraso uma “situação
deplorável que devia estar previamente acautelada” na fase de pandemia em
que o país se encontra.
“Este
episódio, aliado a muitos outros, vem comprovar o estado em que os bombeiros de
Portugal se encontram, neste caso concreto, a falta de resposta, de cuidado e
essencialmente falta de planeamento”, lê-se no comunicado enviado à agência
Lusa.
A associação
publicou ainda uma nota da ANEPC enviada às Associações Humanitárias e aos
Corpos de Bombeiros a dar conta dos atrasos nos pagamentos dos encargos e a
lamentar a situação devido ao “impacto que o mesmo terá nas referidas entidades
e em todos os operacionais que integraram aquele dispositivo”.
Desde
quarta-feira passada que os meios de combate aos incêndios florestais foram
reforçados, passando o dispositivo a estar na sua capacidade máxima, sendo o
grande desafio conciliar esta época mais crítica em fogos com a resposta à
pandemia de covid-19.
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