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Liga dos Bombeiros contra remoção "pura e simples" de ambulâncias de emergência

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Soares, manifestou-se hoje contra a remoção “pura e simples” de ambulâncias do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) em diferentes localidades, defendendo a sua passagem para as corporações de bombeiros.
“A Liga acha que pode ajudar a resolver estes problemas”, declarou Jaime Soares à agência Lusa, acrescentando que a LBP “tem vindo a propor” que as ambulâncias dos centros a encerrar, no âmbito da reestruturação do INEM, fiquem sob a responsabilidade das corporações locais.
“Algumas não têm razão de ser, pois estão a poucas centenas de metros dos bombeiros”, disse Jaime Soares, preconizando a colocação dessas viaturas sob a alçada das corporações, criando igual número de Postos de Emergência Médica (PEM).
“Poderíamos, em parceria com o INEM, fazer uma cobertura total do país”, sublinhou.
Segundo Jaime Soares, que também é presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, nestas condições estão 62 ambulâncias.
“Se for para as retirar pura e simplesmente, a Liga não concorda”, acrescentou.
Desde que seja dada a adequada formação aos bombeiros, “estamos disponíveis para as aceitar”, afirmou o presidente da direção da LBP.
Na sua opinião, seria assim “assegurada a mesma operacionalidade, com custos muito mais reduzidos".
Na Região Centro, o INEM já encerrou o centro SBV que tinha em Tábua, no distrito de Coimbra, que funcionava apenas no período noturno, das 20:00 às 08:00.
Fontes contactadas pela Lusa asseguraram que idênticas unidades, mas que operam nas 24 horas do dia, irão ser extintas em Estarreja (Aveiro) e Fratel (Castelo Branco).
Irão perder este serviço do INEM pelo menos mais quatro concelhos da região, que dispõem de unidades SBV no período noturno: Mortágua e Vouzela (Viseu), Figueiró dos Vinhos (Leiria) e Figueira de Castelo Rodrigo (Guarda).
Os tripulantes de ambulâncias de emergência (TAE) afetados pelo encerramento poderão receber formação específica, “para depois trabalharem como operadores” do INEM nos locais onde façam falta, disse uma fonte ligada ao processo.
Contactada pela Lusa, fonte do INEM limitou-se a remeter para uma outra data informações detalhadas sobre a reorganização que está em curso.

[Lusa]

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