85 anos do CNE: Bispo quer escuteiros próximos de quem passa dificuldades
D. Virgilio Antunes elogiou dedicação dos dirigentes
durante sessão dos 85 anos do CNE da Região de Coimbra, convidando-os a “irem
mais longe” na ajuda ao próximo.
O bispo de Coimbra exortou ontem
os escuteiros de Coimbra a irem «mais longe» na ajuda aos que, «neste momento
que atravessa a sociedade », estão «a viver em dificuldades ». «Eu conheço a
capacidade do escutismo da região, a categoria dos seus dirigentes e há
possibilidade de irem muito mais longe, em acções concertadas, para ir ao
encontro dos que passam necessidades », afirmou.
D. Virgílio
Antunes, que falava no auditório da Reitoria da Universidade durante a sessão
solene dos 85 anos do Corpo Nacional de Escutas (CNE) da Região de Coimbra,
recordou que é missão dos escuteiros «ir ao encontro dos outros», fazendo «dos
pequenos gestos, grandes gestos, realizações de grande alcance», especialmente
importantes em alturas de
crise.
«A pequena
acção ou gesto são significativos de grandes gestos e grandes acções de
generosidade», continuou. Para D. Virgílio, os
85 anos do CNE da região, apesar de muitos, «são pouquíssimos, se tivermos em
conta a formação da juventude que está por fazer. Trabalho imenso, com contornos
específicos, no nosso tempo».
O bispo de
Coimbra sublinhou «a dimensão de voluntariado » da actividade escutista. Dos
chefes e dirigentes, que «se dedicam a uma causa fundamental», apesar das
responsabilidades profissionais e familiares, e das crianças e jovens que, ao
contrário de outras tarefas do dia-a-dia, estão no escutismo «de livre vontade
». «Há uma valor imenso, enormes potencialidades na actividade escutista que
não podem ser descuidados», continuou, realçando áreas como a ecologia, a aventura,
a descoberta, o voluntariado e a paz.
Valores que
ainda hoje, mais de 30 anos depois de ter deixado o escutismo activo (foi
escuteiro dos 11 aos 19 anos, na Sé Nova), Barbosa de Melo tem como regras na
sua vida. «O futuro está nas nossas mãos é, para mim, o âmago da proposta
escutista», afirmou, na cerimónia, o presidente da Câmara de Coimbra,
recordando alguns momentos da sua actividade como escuteiro.
«Quando olho
para trás sei que devo muito a esta experiência de escutismo», afirmou,
elogiando o trabalho dos dirigentes, «que marca o crescimento de tantos jovens
em Portugal e no mundo».
Dois deles são,
precisamente, Carlos Alberto Ferreira, chefe nacional, e Pedro Monteiro, chefe
regional de Coimbra do CNE. Ambos concordaram que este trabalho não acaba e tem
resultados «que levam tempo a ser reconhecidos», mas que tem razão de existir, pelos
valores que transmite e que os jovens transportarão para as suas vidas. Durante
três dias foram mais de mil a comemorar, em Coimbra, os 85 anos do CNE da
região. A “festa” terminou com uma missa de Acção de Graças, na Sé Nova.
Concerto
solidário reuniu centenas de escuteiros na Praça da Canção
Centenas de
escuteiros da região reuniram-se na noite de sábado na Praça da Canção, para um
concerto integrado nas comemorações dos 85 anos do CNE da Região de Coimbra.
Para além da
diversão de todos os participantes, que cantaram e dançaram ao som dos Anaquim,
do grupo Barca dos Castiços e do padre João Paulo Vaz, este convívio teve ainda
uma vertente solidária, uma vez que todos os proveitos do concerto reverteram a
favor da Comunidade Juvenil de S. Francisco de Assis, da madre Teresa Granado,
e com instalações em Coimbra e em Poiares.
Texto de Ana Margalho e fotos de CNE
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