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PARALISIA CEREBRAL - “Estado não pode demitir-se de apoiar instituições” como a APCC

Portugal comemorou, pela primeira vez, Dia da Paralisia Cerebral para mostrar que “esta doença sempre existirá e que a sociedade tem que a aceitar e adaptar-se a ela”


«O Estado não pode demitir-se de apoiar as instituições que têm respostas para os doentes com paralisia cerebral », até porque, sozinho, não teria possibilidade de o fazer como fazem instituições como a Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), neste caso, ao longo dos últimos 38 anos. Ontem, Portugal comemorou, pela primeira vez, o Dia da Paralisia Cerebral e Antonino Silvestre, presidente da APCC há dois anos e um dos fundadores da instituição, está confiante de que os cortes do Orçamento de Estado não abrangerão a área da Segurança Social e, especialmente, o apoio à Paralisia Cerebral.
«Não quero acreditar que acontecerá», afirmou o responsável, recordando que instituições como a APCC «estão a prestar um serviço que compete ao Estado, ao país».
Apesar disso, Antonino Silvestre não esconde que a crise se nota na instituição, especialmente quando os sócios pedem para diminuir o valor das suas quotas anuais «para valores mínimos» ou os pais revelam dificuldades em pagar as suas mensalidades que «já têm valores mínimos».
Os apoios estatais são «cada vez mais fundamentais», especialmente numa doença que, apesar de não estar escondida, como em 1975, quando a APCC foi criada, ainda sofre do preconceito e do desconhecimento da população.
Foi, precisamente, para mostrar que esta doença« sempre existirá e que a sociedade tem de a aceitar e adaptar-se a ela» que ontem se comemorou, em Lisboa, e pela primeira vez em Portugal, o Dia da Paralisia Cerebral, com diferentes actividades e com a presença de utentes e dirigentes das 13 associações, promovido pela Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral.
Em Portugal há 20 mil pessoas com Paralisia Cerebral, surgindo 200 novos casos todos anos. 50% dos casos foram em bebés permaturos e em 90% do total de doentes chega à idade adulta. «É preciso que as pessoas percebam que a Paralisia sempre existirá», sublinhou Antonino Silvestre, confiante num novo olhar para a doença.

Jornalista Ana Margalho

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