DIA DA FLORESTA AUTÓCTONE - Voluntários enfrentaram frio pela defesa da floresta
A organização Floresta Unida lançou o
desafio e centenas de pessoas, de vários pontos do país, plantaram
árvores na Serra da Portela de Oliveira
O frio, muito frio, não impediu que
centenas de pessoas trocassem o aconchego do lar por um dia dedicado à floresta
na serra de Portela de Oliveira, em Penacova. Um deles foi Vítor Hugo, de apenas
cinco anos, que, apesar da tenra idade não hesitou em calçar as luvas, pegar no
sacho para plantar uma árvore e numa tesoura para descascar as plantas invasoras.
Vítor Hugo viajou com a mãe, Marina
Costa, desde Castelo de Paiva, integrando um vasto grupo da Sonae Indústria, que
tal como todos os outros voluntários que aderiram ao projecto querem apoiar a
Floresta Unida a concretizar os três
objectivos principais da sua missão: plantar 400 Milhões de árvores com 30 anos
de protecção em áreas públicas e comunitárias, proteger 150 milhões de árvores
já plantadas e educar e sensibilizar cerca de dois milhões de homens, mulheres
e crianças.
No âmbito das comemorações do Dia da
Floresta Autóctone, a organização, que hoje celebra 10 anos de actividade, propôs-se
a plantar duas mil árvores em seis hectares, sem esquecer o combate às espécies
invasoras, nomeadamente as acácias. Entre muitos anónimos, integrados em grupos
de voluntários de empresas nacionais, o actor Virgílio Castelo quis dar uma
ajuda. «Numa altura da nossa história, todos os dias, ouvimos queixas e,
raramente, pensamos no que podemos fazer», frisou, adaptando a frase
emblemática de Kennedy: «Não perguntes à América o que a América pode fazer por
ti, pergunta o que podes fazer pela América». Na floresta, disse Virgílio Castelo,
«o que posso fazer é pouco, mas é de boa vontade».
Presente no arranque das actividades,
o secretário de Estado das Florestas, lamentou que a floresta «apenas seja mostrada
ao país pelas piores razões», os incêndios. Francisco Gomes da Silva, elogiando
o papel dos sapadores florestais e da GNR, sublinhou a «perseverança» da
Floresta Unida, por «não desistir de um património que é de todos». «Esta serra
pode ser tudo», desabafou o presidente da Câmara de Penacova, que coloca a «defesa
das florestas» como uma das suas prioridades. Para isso, Humberto Oliveira
espera contar com a mesma disponibilidade dos autarcas de Mortágua e Mealhada,
concelhos que integram a mancha.
Jornalista Patrícia Isabel Silva
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