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NOVIDADE - Observatório de peixes no Mondego esta Primavera


A Câmara de Coimbra vai abrir ao público um Observatório das espécies piscícolas existentes no rio Mondego, existente nas instalações da Escada de Peixes do Açude. Manuel Machado deu ontem conta dos resultados «muito positivos» do trabalho realizado, ao longo dos últimos dois anos, pela Universidade de Évora, de Reabilitação dos Habitats de Peixes Diádromos na Bacia Hidrográfica do Mondego (englobando os concelhos de Coimbra, Montemor, Penacova, Poiares e Figueira da Foz) e considerou que estão reunidas as condições para que possa começar a haver observações das espécies que habitam o Mondego, já a partir desta Primavera.

«Será uma montra, onde será possível ver as várias espécies a passar», explicou o autarca aos jornalistas, no final da reunião do executivo camarário, não tendo dúvidas de que esta será «mais uma forma de perceber o quanto o rio é bonito».

A visualização das espécies de peixes do Mondego é, sublinhou, um projecto inovador e está a ser estudada a possibilidade de uma articulação com o Exploratório no sentido de ser criado um percurso turístico e de visita que se faça a pé, desde aquele Centro Ciência Viva até à Escada de Peixes, junto ao Açude-Ponte.

«Vai ser surpreendente ver, não apenas a lampreia ou o sável, mas muitas outras espécies, identificadas no âmbito deste projecto», liderado por Pedro Raposo, da Universidade de Évora. «Será possível ver como circulam, como se alimentam e também saber como se adaptam às alterações humanas feitas na bacia do Mondego».

Aliás, um dos dados mais curiosos do estudo é, avançou o autarca, que ao contrário do que seria previsto cientificamente, o troço artificial criado no Mondego, a partir do Choupal, não fez desaparecer as espécies piscícolas ali existentes. «Elas mantêm-se», adiantou.

Questionado pelos jornalistas sobre o processo de desassoreamento do rio Mondego, o autarca deixou claro que esse é outro processo, bem mais moroso, mas que está a ser negociado «e será resolvido», a seu tempo.

Ana Margalho – Diário de Coimbra