INCÊNDIOS - Planos de emergência desativados no distrito



A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) desativaram os planos de emergência que tinham sido acionados devido aos fogos florestais que atingiram o distrito e, particularmente, o concelho, nos últimos dias. Apesar de se ter verificado um desagravamento da situação, com menos ocorrências e as temperaturas a baixar, os fogos continuam a lavrar.

Em comunicado, a Comissão Distrital de Proteção Civil de Coimbra justifica a decisão “atendendo à gradual retoma da normalidade no que concerne aos incêndios rurais e respetivo desagravamento das condições meteorológicas que motivaram a ativação do Plano Distrital de Emergência e Proteção Civil de Coimbra”. A medida tinha sido acionada no sábado, dia 12 de agosto, devido “à situação complexa relativa às ocorrências de incêndios rurais no distrito de Coimbra que se registavam, nomeadamente em Coimbra, Miranda do Corvo e Montemor-o-Velho”.

Também a autarquia de Coimbra desativou ontem, pelas 11H00, o Plano Municipal de Emergência que estava em vigor desde sexta-feira, dia 11.

Fogos continuam apesar da melhoria das condições

Vários focos de incêndio estavam ativos ontem à tarde, sendo o mais grave em Samuel, Soure, que mobilizava mais de duas centenas de operacionais, apoiados por 55 veículos e quatro meios aéreos. Fonte da Proteção Civil informou que as chamas se concentravam em “povoamento florestal não havendo casas em risco”. Em Santo Izidoro, no mesmo concelho, também se registou um fogo.

Marujal, Montemor-oVelho, voltou a registar ocorrências,embora de menor dimensão, assim como Trouxemil e Carvalhosas (Coimbra), além de Portunhos e Venda Nova do Bolho (Cantanhede). Durante todo o dia, as corporações do distrito estiveram empenhadas no combate a estes fogos, mas também em operações de patrulhamento, rescaldo e vigilância. Segundo dados provisórios divulgados ontem pela Proteção Civil, este ano já se registaram 10146 incêndios florestais que consumiram 141 mil hectares, mais 26 mil hectares do que em 2016.


Cátia Vicente – Diário As Beiras