PREVENÇÃO - GNR do comando de Coimbra levantou nove autos pela realização de queimadas
Ontem, quando ainda se
contabilizam as vítimas de um dos maiores incêndios de que há memória na
região, senão o país, a Guarda Nacional Republicana, através do Comando
Territorial de Coimbra, não só confirmou o registo de várias queimadas de
sobrantes, como alertou para a proibição deste tipo de actividade, dentro do
período crítico, que foi extendido até ao dia 31 de Outubro, revelando que,
apenas entre terça-feira e ontem, foram levantados nove autos de contra-ordenação
na sua área de actuação.
De
acordo com o major Armando Videira, os militares detectaram situações ilegais
em Taveiro, Penacova, Ceira, Quiaios, Arganil e Tábua, tendo sido levantados
três autos em Cantanhede, situações que, apesar da chuva que caiu, são
proibidas e configuram a aplicação de coimas que podem chegar a valores
elevados.
Aliás, de acordo com o
responsável para pessoas singulares, o “castigo” monetário pode ir de 140 a
cinco mil euros, sendo que quando se trata de pessoas colectivas, ou seja
empresas, a moldura penal começa numa coima de 700 euros, podendo chegar aos 60
mil.
Para
quem circula nas estradas da região e observa a realização de queimadas, o
número de autos levantados peca por defeito, e o próprio major Videira admite
que se trata de uma realidade que, apenas através da prevenção pode ser
combatida.
Optando pela prevenção e
informação, sem descurar o castigo para os prevaricadores, o oficial da GNR
disse ao jornal que, «as pessoas sabem que o período crítico é até ao fim do
mês», mas, «assim que vem a chuva, fazem logo queimadas, e não podem».
«Apelamos a que as pessoas aguardem mais um bocadinho», disse,
defendendo que existe a necessidade de sensibilizar a população, até porque se
trata de «um comportamento negligente
que pode colocar em causa a segurança de todos». Armando Videira sustentou
ainda que, as queimadas acontecem porque «algumas
pessoas acham que podem», e não conhecem a legislação, mas, «outras fazem-nas de forma consciente».
José
Carlos Salgueiro – Diário de Coimbra

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