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OPINIÃO - Afinal, na solidariedade ainda somos iguais!


Tenho vindo a defender, ao longo dos tempos, como é sabido, que as questões da “política” fiquem – e sejam majoradas e esgrimidas – quando estamos em períodos eleitorais e quando estamos em fóruns de discussão política ou perante questões que o aconselhem.

Para mim, que comecei na política com quinze anos, apenas, acima dessa realidade estão os valores sãos: da amizade; da vizinhança; da família...e da defesa do interesse colectivo e dos mais desfavorecidos (pobres; idosos; doentes).

Não me faz muito sentido que a tal “política” fique mais rica com a propagação de rancores ou com necessidades de afirmações bacoucas.

A nobre arte do exercício político só ganha se os seus actores se mostrarem sempre serenos, convictamente alicerçados nesta ou naquela organização, mas distantes da exibição inflamatória das atitudes, como princípio.

Aqui chegados, também todos os Penacovenses sabem que eu respeito muito a nossa actual “classe política”; aqueles que nasceram na nossa terra, aí receberam as suas bases educacionais e aí desenvolvem, mais ou menos directamente, as suas actividades.
E não me canso de o dizer.

São, na generalidade, independentemente dos credos que defendem, BOAS PESSOAS; e são dedicados às nossas causas; e querem o melhor para os nossos conterrâneos; indubitavelmente.

Provavelmente, misturando o melhor de cada um, Penacova pedia meças sobre a qualidade de um hipotético conjunto funcional em que se empenhassem!

E, por incrível que pareça, foi esse o sentido solidário que tenho vindo a apreciar no apoio em curso aos nossos conterrâneos famigeradamente atingidos pelo incêndio brutal de Outubro.

Neste apoio; nestas actuações; neste sentimento; neste desenvolvimento, a verdade é que tenho muitas razões para estar satisfeito com o empenhamento destes nossos amigos, com actividades – e com responsabilidades - na tal “política”...

Tenho falado com eles; conheço os seus propósitos; acompanho as suas ideias ... e quando chega à solidariedade para com o descalabro que nos caiu em cima, sinceramente, não vejo competição, nem grandes diferenciações nos métodos a utilizar, nem desigualdade no empenhamento.

E, ainda bem, porque este exercício conjuntural de convergências pode – e deve – ser utilizado noutros aspectos conexos com o desenvolvimento do nosso Concelho, afinal obrigação primeira de quem faz da causa pública objecto/projecto de carreira.

No bom sentido, claro está.

Luís Pais Amante



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