SUSTENTABILIDADE - Regiões do país assinam em Coimbra plano de ação para a Economia Circular
Algarve, Alentejo, Norte,
Centro, e Lisboa e Vale do Tejo assinaram ontem um protocolo com o Governo,
representado pelo Ministério do Ambiente, com vista à concretização das Agendas
Regionais. Os acordos, incluídos no Plano de Ação para a Economia Circular,
aprovado pela Administração Central, em novembro, preveem uma política comum e
articulada de ações relacionadas com o desenvolvimento sustentável.
Os responsáveis das várias
comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) do território
nacional reuniram-se em Coimbra para formalizar este conjunto de estratégias,
em que o conceito de economia circular deverá ser aplicado ao perfil socioeconómico de cada região.
O ato motivou a visita de
João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, à sede da CCDR Centro, onde
foi recebido pela presidente da entidade, Ana Abrunhosa. Ali, a “anfitriã”
destacou o simbolismo do momento, “muito
importante para o país e para a região”, e lembrou que, neste processo de
transformação para a economia circular “todos os atores locais são valiosos”,
desde autarcas, empresas, associações ou instituições de ensino superior. “Este é uma oportunidade única para criar
redes de partilha de conhecimento, que passa por uma mudança de atitudes e
mentalidades. Nós, na CCDRC, começámos este processo há algum tempo, e fomos
até premiados por projetos nesta área da sustentabilidade”, frisou Ana
Abrunhosa, acrescentando que “cada território tem as suas especificidade e isso
deve ser tido em conta”.
Alterações
climáticas ameaçam espécie humana
No auditório da CCDRC, o
ministro centrou a sua comunicação na questão das alterações climáticas, e em
todos os problemas que esta acarreta para o mundo moderno. “Durante muitos anos ignorámos o elefante na
sala. Esquecemos o impacto ambiental que o modelo económico acarretava. Hoje, e
nas próximas décadas, temos de ser mais inteligentes na maneira como
produzimos, na forma como gerimos as nossas matérias-primas, e alterar o
paradigma: deixarmos de ser consumidores e passarmos a ser utilizadores”,
explicou, lembrando que “é a
sobrevivência da espécie humana que está em causa”. Refira-se que as
Agendas Regionais promovidas pelas comissões têm o apoio do Fundo Ambiental,
até 70 mil euros por cada CCDR.
|e| Bernardo Neto Parra –
Diário As Beiras

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