INCÊNDIOS - Estado paga 31 milhões de euros de indemnizações a familiares das vítimas mortais
"Até agora não tivemos nenhuma recusa de propostas de indemnização e
cumprimos o objectivo que tínhamos no início deste procedimento. Ninguém
ficou de fora por falta de auxílio ou esclarecimento", afirmou a
provedora numa conferência de imprensa realizada esta terça-feira, 20 de Março,
para apresentar o balanço final do processo de indemnização dos familiares e
herdeiros das vítimas mortais dos incêndios florestais que ocorreram em
Junho e Outubro do ano passado.
A provedora de Justiça
recebeu 301 requerimentos de familiares de vítimas mortais, tendo já respondido
a 289 processos.
Estes requerimentos dizem
respeito a 114 vítimas mortais, das quais 109 foram vítimas directas dos
incêndios, explicou a responsável.
A provedora de Justiça
avançou que a maior indemnização terá sido na ordem dos 300 mil euros e foi
atribuída a alguém que "ficou sozinha", sem pais e sem familiares
próximos.
Os valores atribuídos pelas
mortes estão acima da média das indemnizações pagas em Portugal, porque "o
que aconteceu foi único, pela extrema violência", afirmou a responsável,
deixando o desejo de que "seja irrepetível".
O universo e os critérios para
o pagamento das indemnizações aos feridos graves dos incêndios florestais
ocorridos entre 17 e 24 de Junho e 15 e 16 de Outubro de 2017 foram
definidos pelo Conselho para a Indemnização das Vítimas de Incêndios, criado
por resolução do Conselho de Ministros.
Os incêndios de Junho, em
Pedrógão Grande, e de Outubro, que deflagraram em vários concelhos da região
centro, provocaram mais de uma centena de mortes e centenas de feridos, além de
avultados prejuízos materiais.
Agência Lusa
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