DESTINOS - Passadiços do Paiva voltam a ganhar "Óscares" do Turismo
Os Passadiços do Paiva, em
Arouca, venceram, sábado, na Grécia os chamados "Óscares" do Turismo
para Melhor Projeto Europeu de Desenvolvimento Turístico e Melhor Atração
Europeia de Turismo de Aventura.
"Estes prémios são o corolário de uma aposta arrojada numa estratégia
que é diferenciadora a nível turístico", declarou à Lusa a presidente
da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém.
"A autarquia e o Geoparque tiveram a coragem e a ousadia de apostar em
algo diferente e esta vitória consolida de forma inequívoca os Passadiços do
Paiva como um projeto único e inovador a nível internacional, o que muito nos
orgulha", acrescenta a também presidente da Associação Geoparque de
Arouca.
A cerimónia de atribuição dos
"World Travel Awards" relativos à Europa decorreu sábado à noite em
Atenas, onde o município português cujo território de 329 quilómetros quadrados
está classificado pela UNESCO como património geológico da Humanidade arrecadou
pelo terceiro ano consecutivo a mais elevada distinção no que se refere a
desenvolvimento turístico integrado.
Os passadiços da Serra da
Freita ultrapassaram assim os três outros candidatos que disputavam a mesma
categoria: o "Latvia Road Trip - Explore a Letónia lentamente", o
"Trail TeH2O de Bydgoszcz - Água, Indústria e Artesanato" da Polónia
e o projeto global da Costa Navarino, na Grécia (já antes duas vezes premiado
pelo seu Turismo Responsável).
A eleição resultou de uma
votação partilhada entre público anónimo e profissionais do setor, sendo que
pelo mesmo processo os Passadiços do Paiva ganharam também a categoria
relativa a Turismo de Aventura, batendo assim os dois concorrentes que
enfrentava a nível europeu: o vale Chamonix, na região alpina do Monte Branco,
em França, e o Monte Cervino (mais conhecido por Matterhorn), na cidade de
Zermatt, nos Alpes suíços.
A entrega de prémios realizada
em Atenas foi a segunda das 11 que integram a edição de 2018 dos "World
Travel Awards", pelo que, depois do Médio Oriente e da Europa, ainda
ficarão por divulgar os vencedores das competições individuais respeitantes a
África, Ásia, Austrália, Caraíbas, América Central, Oceano Índico, América do
Norte e América do Sul - assim como os da categoria específica "Tecnologia
para Turismo".
Os projetos distinguidos em
cada uma dessas modalidades geográficas são automaticamente selecionados para a
Grande Final, que não faz distinção territorial e cuja cerimónia de prémios
está anunciada para o próximo dia 1 de dezembro, em Lisboa.
Instituídos em 1993, os World
Travel Awards são considerados os "Óscares do Turismo" por
reconhecerem a excelência entre projetos de todo o mundo no universo do setor.
O selo de qualidade conferido aos galardoados é apontado como uma das mais
importantes distinções mundiais na indústria do turismo.
Concorrendo em três das mais
de 120 categorias da competição (que avalia segmentos tão distintos quando companhias
áreas, operadoras de cruzeiros, hotéis, merchandising, etc.), os Passadiços do
Paiva só não ganharam na modalidade de Melhor Atração Turística da Europa,
perdendo o título para a Acrópole de Atenas.
A restante concorrência também
era influente: além da Ilha de Spike na Irlanda e da Ciclovia sobre a Água na
província holandesa de Limburgo, os outros candidatos eram o Palácio de
Buckingham em Londres, a basílica da Sagrada Família em Barcelona, a Torre
Eiffel em Paris, o Coliseu de Roma e até a Ribeira do Porto e o destino de
observação noturna Dark Sky, no Alqueva.
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