CIÊNCIA VIVA - O céu de Setembro de 2018
O arranque deste mês é assinalado pela presença de Vénus
abaixo da estrela Espiga da constelação da Virgem. Este planeta apresentar-se-á
durante todo o mês como estrela da tarde. Já Mercúrio será visível pouco antes
do amanhecer, mas apenas durante o primeiro terço de setembro.
O quarto minguante de dia 3 coincide com a presença da Lua
junto a Aldebarã, o olho da constelação do Touro.
Na madrugada de dia 7 a Lua visitará a constelação do
Caranguejo e o seu aglomerado estelar Presépio. Neste mesmo dia Neptuno estará
em oposição, i.e., a posição diametralmente oposta à do Sol. Apesar de ser a
altura do ano em que este planeta se encontra mais próximo de nós, só é
possível observa-lo com a ajuda de um bom telescópio.
A Lua chegará ao seu perigeu (ponto da sua órbita mais
próximo da Terra) no dia 8, véspera da Lua Nova.
Entre as noites de dias 13 e 14 a Lua ter-se-á deslocado da
direita para a esquerda de Júpiter, planeta que por estes dias está a meio da
constelação da Balança.
A Lua atingirá a fase de quarto crescente na madrugada de
dia 17. Mas quem quiser observa-la terá que esperar pela noite seguinte, altura
em que a irá encontrar junto a Saturno e a constelação do Sagitário.
Ao final da madrugada de dia 20 será a vez de Marte ser
visitado pelo nosso satélite natural.
Pouco depois das vinte e uma horas e dez minutos (hora
continental) de dia 21 os habitantes das regiões norte e centro do país poderão
assistir passagem da Lua em frente de Nashira, a estrela Gamma da constelação
do Capricórnio (por isso também chamada de Gamma Capricorni), por parte da Lua.
Esta ocultação lunar irá durar cerca de meia hora.
Este ano o Equinócio Outonal ocorre às duas horas e
cinquenta e quatro minutos (hora continental) de dia 23. Neste instante o
hemisfério norte terrestre deixa de estar virado na direção do Sol, passando o
Sol a ser visto abaixo do equador celeste (projeção no firmamento da linha do
equador) e dando início ao outono no nosso país. Apesar do seu nome, nesta data
o dia e noite não têm a mesma duração. Tal ocorre apenas 3 dias depois. Isto
deve-se ao fenómeno de refração atmosférica que nos faz ver o Sol sempre
ligeiramente acima da sua real posição, encurtando assim a duração das noites.
A Lua Cheia terá lugar na madrugada de dia 25 e cinco dias
depois, uma nova passagem da Lua junto a Aldebarã marca o final deste mês.
Boas observações!
Fernando J.G. Pinheiro (CITEUC e OGAUC)
Figura 1: Céu a oeste ao final da tarde de dia 1.
Igualmente é indicada a posição de alguns astros e constelações mais importantes
visíveis naquela noite, assim como a posição do Sol nos dias 1, 23 e 30, da Lua
nos dias 13, 14 e 17 e de Vénus ao início e final do mês.
Figura 2: Céu a sul pelas vinte e duas horas de dia 21.
Igualmente é visível a posição da Lua nos dias 17 e 19.
(imagens adaptadas de Stellarium)
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