ECONOMIA - Preço da luz desce 3,5% em mercado regulado em 2019 para as famílias
As tarifas de eletricidade no mercado regulado vão descer
3,5% para os consumidores domésticos a partir de 01 de janeiro, anunciou hoje a
Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
Os preços da eletricidade para as famílias que ainda
estão em mercado regulado descem assim pelo segundo ano consecutivo, depois de
a ERSE ter revisto a proposta feita em outubro, que previa uma subida das
tarifas de 0,1%.
Esta redução de 3,5% representa uma diminuição de 1,58
euros para uma fatura mensal de 45,1 euros, de acordo com as contas divulgadas
pelo regulador.
Nas regiões autónomas dos Açores e Madeira a redução é de
0,6%, segundo a mesma entidade.
A ERSE informa ainda que “os consumidores com tarifa social beneficiarão de um desconto de 33,8%
sobre as tarifas de venda a clientes finais, de acordo com o estabelecido por
despacho do membro do Governo responsável pela área da energia”.
Já para os consumidores que tenham tarifas sociais de
venda a clientes finais, “prevê-se uma
redução na fatura média mensal de eletricidade de 13,67 euros”, tendo em
conta uma fatura média mensal de 26,8 euros, “valor que já integra a aplicação de um desconto social mensal de 13,67
euros”, detalha o regulador.
Da mesma forma, todas as tarifas de acesso às redes irão
sofrer uma redução de dois dígitos, “que
é de 16,7% para a Baixa Tensão Normal (BTN) e de 10,6% para os restantes níveis
de tensão”, adianta a ERSE. Estas tarifas são pagas por todos os
consumidores e estão incluídas nos preços de venda a clientes finais.
Os consumidores no mercado regulado são, atualmente,
cerca de 6% do total, segundo a ERSE.
A redução nas tarifas de 2019 é de “cerca de 436 milhões de euros, a segunda maior diminuição
historicamente verificada. Realce para o facto de entre 2015 e 2019 a dívida
tarifária ter sido reduzida em 1.863 milhões de euros”, segundo o
regulador.
Paralelamente, o valor do serviço da dívida “incluído nas tarifas para 2019 apresenta um
decréscimo de 17,4% relativamente ao ano anterior, pelo que o saldo em dívida
no final de 2019 é inferior ao saldo em dívida de 2018 em cerca de 436 milhões
de euros”, de acordo com a ERSE.
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