PROGRAMA REVIVE - Adaptação do Mosteiro de Lorvão a fins turísticos implica investimento de 6 milhões de euros
Transformar em hotel de cinco estrelas as alas do
Mosteiro do Lorvão onde funcionou, até 2012, o hospital psiquiátrico, é o
objetivo do Governo, “tendo em vista a
recuperação e valorização deste património cultural e histórico”.
Para isso, foi ontem à tarde apresentado no local – com a
presença das secretárias de Estado da Cultura e do Turismo – o projeto REVIVE,que abre o património ao investimento privado para desenvolvimento de um projeto turístico, através da realização de concurso público. Pretende-se a
transformação do património monumental “num
ativo económico do país”. Foi assim que a responsável pela pasta
governamental do Turismo, Ana Mendes Godinho, explicou o que o se pretende
alcançar, numa apresentação que decorreu na igreja adjacente, que é património
monumental e onde repousam, em túmulos de prata, as netas de D. Afonso
Henriques: Santa Teresa e Santa Sancha.
Atendendo à dimensão do Mosteiro do Lorvão, cerca de três
hectares do espaço edificado será colocado a concurso público, aguardando que
um investidor, ou um conjunto de investidores privados, assuma o desafio de
recuperar o edificado, transformando-o numa unidade hoteleira, com
características de luxo, num total de 90 quartos, de forma a poder ser
classificada como de cinco estrelas.
Seis
milhões de investimento
Para isso, a equipa do projeto governamental REVIVE
estima que o investimento seja de cerca de seis milhões de euros, sendo que,
“para fazer face ao investimento necessário à recuperação dos imóveis, os
investidores selecionados, de acordo com os procedimentos definidos, podem
aceder a linhas de financiamento disponibilizadas pelo Turismo de Portugal para
o efeito”.
Embora a própria secretária de Estado do Turismo tenha
reconhecido que, no início, houve quem considerasse este programa “impossível”,
estão sinalizados 33 monumentos históricos no país em condições de fazer parte
deste programa, com seis concursos públicos a decorrerem, em simultâneo, neste
momento. No caso do antigo Mosteiro do Lorvão, o prazo de candidaturas é até maio
de 2019.
O presidente da Câmara Municipal de Penacova, Humberto
Oliveira, sublinhou que, paralelamente ao projeto privado que vier a ser feito,
“será necessário regenerar todo o espaço
público envolvente ao edifício”, independentemente da qualidade dos acessos
rodoviários ao Lorvão.
António
Rosado – Diário As Beiras
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