CIDADANIA - Movimento defensor de cuidados continuados no Lorvão lança debate
Transformar em Unidade de Cuidados Continuados (UCC) o
antigo Hospital Psiquiátrico do Lorvão,– que funcionou num secular mosteiro até
2012 – é o objetivo reafirmado ontem pelo “Movimento
+ Saúde para o Hospital do Lorvão”. Com esse objetivo, o grupo organiza no
próximo sábado, 23 de março, um debate sobre “Saúde no Centro: Mais Cuidados Continuados para Melhor Futuro”.
Trata-se de “um
passo em frente no esforço que tem sido feito de sensibilização da população e
das autoridades competentes para esta causa”, refere Eduardo Ferreira. O
responsável explica que a adaptação do Hospital do Lorvão em UCC permitirá a
instalação de 130 camas, além de serviços de reabilitação, de hospital de dia e
sede de equipas de apoio domiciliário.
“Um investimento
deste tipo deverá rondar três milhões de euros, amortizável em dois anos”,
acrescenta Vitor Simões, também do movimento e coordenador do debate do próximo
sábado.
Cuidados
Continuados ou hotel de cinco estrelas
Pelo contrário, o Governo decidiu avançar com um projeto
de financiamento (Revive), de forma a adaptar o antigo mosteiro em hotel de
cinco estrelas, “tendo em vista a
recuperação e valorização deste património cultural e histórico”.
Um investimento estimado em seis milhões de euros,
portanto cerca do dobro dos custos que o movimento refere para adaptação do
imóvel em UCC.
O prazo de apresentação de propostas pelos potenciais
investidores é até ao próximo mês de maio, mas Vitor Simões sublinha que “não sei se há um português que tenha fé no
projeto Revive para o Lorvão”.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, divulgados
ontem pelo movimento, um alojamento de UCC custa 60 euros por dia, enquanto um
internamento diário no hospital ascende a 270 euros, sendo que muitos doentes
estariam em condições de ser transferidos, assim existisse mais esta unidade no
concelho de Penacova.
Quanto à força da razão do “Movimento + Saúde”, Eduardo Ferreira recorda que “já houve lutas da população de Penacova,
quando se mobilizou, que deram resultado, como são os casos da mini-hídrica do
Caneiro, no rio Mondego, que não foi para a frente, e as alterações do projeto
no IP3, que não será a anunciada Via dos Duques”.
António
Rosado – Diário As Beiras
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