RENOVÁVEIS - Ministro do Ambiente inaugura Parque Eólico de Penacova
O município de Penacova vai receber 2,5% das receitas do
novo parque eólico do concelho, revelou ontem António Mexia, presidente
executivo da EDP.
A ocasião foi a visita do ministro do Ambiente e da
Transição Energética, João Matos Fernandes, e do secretário de Estado da
Energia, João Galamba, ao parque que está já em funcionamento há três meses
(desde março).
O presidente da Câmara de Penacova, Humberto Oliveira,
destaca que este parque constitui um contributo financeiro para o município e é
também, por outro lado, um contributo dos territórios de baixa densidade.
Refere ainda que os donos dos terrenos onde o parque foi construído recebem
também uma renda.
O parque eólico que tem 13 turbinas e uma potência de
46,8 MW constituiu um investimento de 42 milhões de euros.
António Mexia referiu ainda que o parque tem uma produção
média de 110 GW/hora, o que dá para abastecer de energia 50 mil casas e evitar
48 mil toneladas por ano de emissões de dióxido de carbono.
Para o presidente executivo da EDP, a energia solar e
eólica é hoje “absolutamente
incontornável”, dado que, na última década, desde 2010, “os custos de geração de energia solar e
eólica desceram na ordem dos 80 ou 70%”, referiu. “As energias renováveis são hoje a fonte mais barata” e contribuem
para a redução do preço da energia no seu todo, garante António Mexia,
referindo que esta realidade facilita o caminho da descarbonização.
O parque eólico conta com três colaboradores a tempo
inteiro. A gestão da energia fica a cargo da EDP Renováveis.
O ministro do Ambiente e da Transição Energética referiu,
por seu lado, que o caminho para Portugal atingir a neutralidade nas emissões
de dióxido de carbono “é o mais central
dos projetos” que pode motivar o envolvimento do país. Referiu ainda que,
se este cenário foi atingido, a noção de eficiência tem de estar sempre
presente.
João Matos Fernandes destacou ainda a importância de
tornar a economia mais circular.
Para além da visita, o programa contou com a apresentação
do projeto da EDP para investir 3,5 milhões de euros numa central fotovoltaica
flutuante na albufeira do Alqueva, no Alentejo, com 11 mil painéis e uma
produção estimada de 6000 MWh, replicando em escala industrial o projeto da
barragem do Alto Rabagão, em Montalegre.
Maria
Inês Morgado – Diário As Beiras

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