UNESCO - Património da Humanidade do Centro de Portugal reunido em livro
A Universidade de Coimbra, Alta e Sofia, o Mosteiro de
Alcobaça, o Mosteiro da Batalha e o Castelo e Convento de Cristo em Tomar - a
história de um país na região Centro, herança que está agora reunida na obra “Património da Humanidade do Centro de Portugal”, foi apresentada ontem em Coimbra.
Desenvolvida e coordenada pelo designer Eduardo Aires, o
livro resulta de um desafio lançado a quatro autores e quatro fotógrafos para
retratar os lugares Património da Humanidade da Unesco da Região Centro. O
volume conta com a participação, entre outros, de Fernando e Sérgio Guerra,
Nuno Moreira, Jorge Alarcão e Carla Alexandra Gonçalves. Eugénio Maia do
Amaral, diretor-adjunto da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, foi o
co-coordenador editorial da publicação.
Para além de uma tentativa de condensar a história e
importância destes lugares num único livro, de acordo com Eduardo Aires, os
autores procuraram destacar, através de um olhar novo, contemporâneo e
artístico, a “distintiva marca humana” associada a este património e ao
território onde este se inscreve.
Ontem, na apresentação da obra, Pedro Machado, presidente
da Entidade Turismo do Centro, lembrou que um dos objetivos da rede de
promoção, qualificação e valorização turística dos quatro lugares Património
Mundial do Centro de Portugal, criada em 2017 – e que esteve na origem desta
obra – foi o de “comunicar com
eficiência”.
“Este livro
representa um dos instrumentos mais perenes no que diz respeito à consolidação
de todo o projeto dos lugares de património mundial”, afirmou.
Um
milhão e 300 mil visitantes por ano
Pedro Machado disse ainda que o consórcio tem vindo a
afirmar-se cada vez mais. “Só nos 4
Sítios Património Mundial estamos a falar em mais de um milhão e 300 mil
visitantes por ano. É, de facto, uma cifra muito significativa, responsável por
alcançarmos (espero eu), no final 2019, mais de 7 milhões de dormidas no Centro
de Portugal, que corresponde a um crescimento médio anual acima dos 7,7%, ao
ano, desde 2012 ininterruptamente”, salientou.
“Este livro vai
ser um selo acrescentado à qualidade de tudo aquilo que já conhecemos”,
disse, ainda.
Também presente na sessão que decorreu no anfiteatro do
Laboratório Chimico do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, Manuel
Machado, presidente da autarquia, lembrou que a edição o livro “tem um objetivo
central: dar a conhecer, fazermo-nos conhecer e reconhecer”. O autarca não
deixou de falar da “responsabilidade acrescida – o tal júbilo responsável”, na
preservação do património. E deu alguns exemplos: “temos de melhorar a situação da rua dos Coutinhos; temos que melhorar a
circulação para as pessoas das mais diversas características no Quebra-Costas
sem perturbar a toponímia; temos que resolver a velha dialética da presença dos
automóveis no Largo da Sé Velha ou não – a minha opção é não; requalificar a
circulação pedonal na rua da Ilha, e tantas outras coisas”, admitiu.
A sessão de ontem, em Coimbra, foi uma das primeiras
iniciativas que pretende revelar o legado da rede de promoção, qualificação e
valorização turística dos quatro lugares Património Mundial do Centro de
Portugal, coordenada pela Turismo do Centro de Portugal em colaboração com os
municípios de Alcobaça, Batalha, Coimbra e Tomar, a Universidade de Coimbra e
em parceria com a Direção Geral do Património Cultural e da Direção Regional de
Cultura do Centro. O projeto conta, ainda, com a parceria estratégica da
Comissão de Coordenação e de Desenvolvimento.
Patrícia
Cruz Almeida – Diário As Beiras
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