VALE DA VINHA - Antiga casa de António José de Almeida pode vir a ter Centro Interpretativo da Primeira República
A futura Casa Museu António José de Almeida pode vir a ter um Centro de Interpretação da Primeira República. O projeto para a casa onde nasceu o antigo Presidente da República, localizada em Vale da Vinha (São Pedro de Alva), está a ser desenvolvido em parceria entre o município de Penacova e o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20), da Universidade de Coimbra.
O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa esteve presente no Centenário da Eleição de António José de Almeida que foi ontem assinalado no dia do município de Penacova.
A possibilidade de construir uma Casa Museu na antiga habitação da família de António José de Almeida já é colocada há pelo menos oito anos. Entretanto, em 2014, o município adquiriu a casa aos seus descendentes e assinou o arranque de obras de reabilitação em 2016.
Ontem, João Paulo Avelãs Nunes, do CEIS20, deu a conhecer que o centro de interpretação conta ainda com a participação do Museu da Presidência, para garantir “rigor que possa durar”.
Não se pretende que este espaço seja instrumento de conflito, mas antes de consenso política.
Com a futura casa museu e centro de interpretação, pretende-se a “reconstituição de uma memória local” e, ao mesmo tempo, “disponibilizar informação sobre a Primeira República”, afirma o professor e investigador de História Contemporânea. Esclareceu ainda que, quanto à casa museu, não se trata da reconstituição de um espaço familiar pois este foi desaparecendo com a degradação do edifício, garante.
O projeto para este edifício foi ontem apresentado, porém, ainda não tem financiamento.
A ideia para Vale da Vinha deverá ainda integrar uma rede, na região, de lugares ligados a personalidades do século XX, aos quais se juntam, entre outros, Aristides de Sousa Mendes (Cabanas de Viriato) e Afonso Costa (Seia).
Foi também colocada a possibilidade de vir a criar uma rede dedicada a escritores e intelectuais do século XX, entre Mortágua e Águeda.
Humberto Oliveira, presidente do município, destacou que “não consegue conceber o desenvolvimento nesta matéria sem ser em rede”.
Maria Inês Morgado – Diário As Beiras
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