DISTINÇÃO - Rancho Folclórico de São Pedro de Alva já é sócio efetivo da Federação do Folclore Português
Foi ontem
assinado em São Pedro de Alva, o Compromisso de Honra entre a Federação de Folclore Português e o Rancho Folclórico Cultural e Etnográfico da Casa do Povo de
São Pedro de Alva, um reconhecimento que, na opinião de Fernando Sousa, presidente da direção, representa
o "culminar de um trabalho
de recolha e pesquisa, a que muitos se dedicaram durante anos, e que a partir de
agora é necessário manter".
A assinatura do Compromisso de
Honra e a entrega do Diploma de Sócio Efetivo da Federação do Folclore Português,
teve lugar no Salão da Casa do Povo de São Pedro de Alva, onde estiveram vários autarcas do Município, assim como alguns membros da FFP e
respetivo CTR da Beira Litoral - Gândara, Bairrada e Mondego.
O Rancho Folclórico Cultural e Etnográfico da Casa do Povo de
São Pedro de Alva, passou assim ser sócio de pleno direito da Federação de Folclore Português, à semelhança do que já acontece
com o Rancho Folclórico As Paliteiras de
Chelo, o Grupo Etnográfico de Lorvão e o Rancho Folclórico de Penacova.
Um pouco de História
O Rancho Folclórico Cultural e Etnográfico da Casa do Povo de
São Pedro de Alva foi fundado em 1978, na sequência de uma festa de crianças
que, ao desfilarem pelas ruas da vila, encantaram a
população, motivando um grupo de pessoas a dar continuidade a esta iniciativa.
Desde então que o Rancho divulga a história dos seus
antepassados, através da recolha trajes, modas, cantares, usos e costumes e
utensílios por eles utilizados no trabalho e na vida do campo, seja na recolha
da resina e lenha, no transporte de animais e produtos agrícolas, ou no rio
para pescar ou lavar as roupas, sem esquecer do tratamento do linho.
O Rancho tem na sua constituição pessoas de várias idades,
jovens e menos jovens, que nas suas horas livres se dedicam a preservar e
divulgar a cultura do nosso povo e a sal identidade, através da apresentação de
quadros etnográficos que retratam a ancestral forma de vida das gentes de “Mondalva”.
Os pares dançantes representam vários trajes usados nesse
tempo refletindo a condição pobre das pessoas da época, sendo exemplo disso os
noivos dos finais do séc. XIX, trajes de gente abastada, trajes domingueiros,
de ir-à-feira e trajes de trabalho dos quais se destacam a ceifeira, os trajes
da eira, o lenhador, a mulher do molho, a lavadeira, o resineiro, o malhador, a
padeira, o boieiro, as vendedeiras, o homem da horta e da rega e o traje de
romeiros, figuras bastante típicas desse tempo.
Ao longo destes anos o Rancho tem atuado de norte a sul de
Portugal, bem como na Região Autónoma dos Açores e no Luxemburgo.
Realiza anualmente o seu festival de folclore na praça da
vila, a tradicional descamisada, o cantar das janeiras e dos reis, os cânticos
do ciclo natalício e também participa em feiras à moda antiga, mostrando com
dignidade o seu vasto reportório.
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