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MAU TEMPO - Caudal do Mondego em Coimbra acima do nível de segurança



O caudal do rio Mondego no açude-ponte de Coimbra ultrapassou os limites de segurança de 2.000 metros cúbicos por segundo (m3/s) às 9:30 deste sábado, anunciou a autarquia local, que classifica a situação de "muito crítica".

Em comunicado, a Câmara Municipal de Coimbra, que cita informação da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) enviada à Proteção Civil Municipal, diz que o caudal do rio tem "tendência de subida durante as próximas horas, sendo a situação muito crítica".

A autarquia de Coimbra adianta que "é expectável uma situação crítica de cheia", recomendando à população que se mantenha "em estado de permanente alerta e a respeitar todas as indicações das autoridades que estão no terreno e sinalização".

A possibilidade da situação crítica de cheia decorre, entre outros fatores, da albufeira da barragem da Aguieira, a montante de Coimbra, no rio Mondego, estar com 94% da sua capacidade, da barragem das Fronhas, no rio Alva, afluente do Mondego estar "no nível máximo de cheia" e ainda da "intensidade elevada e ausência de monitorização do Rio Ceira", outro afluente da margem esquerda do Mondego.

O que também levou o município de Montemor-o-Velho, na zona do Baixo Mondego, a acionar às 7:00 o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil devido ao risco muito elevado de cheia, anunciou a autarquia. Da mesma forma a circulação de comboios naquela zona está suspensa.
Em comunicado, a autarquia, município tradicionalmente exposto a cheias do rio Mondego, pede "a todos os munícipes que evitem deslocações pelo concelho, principalmente nos locais historicamente mais vulneráveis a alagamentos e inundações rápidas".

Melhoria nas condições meteorológicas

Portugal continua assim a ser afetado pela passagem da depressão Fabien, mas segundo a meteorologista Patrícia Gomes, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a chuva vai abrandar nas próximas horas. Ao invés, o vento terá tendência para aumentar, sobretudo nas terras altas dos distritos de Viana do Castelo, Braga e Vila Real, onde poderá haver rajadas de 140 quilómetros por hora.

Segundo a mesma meteorologista, a agitação marítima vai manter-se até à manhã de domingo, sendo que neste momento 16 barras encerradas. Os distritos a norte de Coimbra serão os mais afetados, com ondas que podem ir dos 7 e 8 metros até aos 14. Leiria e Lisboa também têm aviso amarelo para a agitação marítima.

Até que se verifique esta melhoria, e de acordo com fonte dos Comboios de Portugal (CP), estão suspensas as viagens de longo curso na Linha do Norte, pelo que a circulação de comboios (do serviço Intercidades e Alfa Pendular) foi suspensa "até haver condições" para retomar a circulação.
Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da Infraestruturas de Portugal (IP) explicou que em causa está o troço entre Alfarelos e Ameal Sul, onde a linha ferroviária se "mantém submersa" desde o final de tarde de sexta-feira, devido à subida do nível das águas da Bacia do Mondego.

De acordo com um balanço da IP divulgado hoje, devido às condições climatéricas adversas que se têm feito sentir, principalmente na região norte e centro do país, têm ocorrido diversos incidentes a afetar a circulação ferroviária. A sua grande maioria foram já "resolvidos", no entanto subsistem ainda alguns condicionamentos, refere.




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