ECOVIA DO MONDEGO - Vai ser possível vir de Viseu até Penacova, sempre de bicicleta
São 40 quilómetros cicláveis que irão ligar o final da
Ecopista do Dão (Viseu -Santa Comba Dão) ao limite do concelho de Penacova,
passando por Mortágua e Vila Nova de Poiares. O projeto foi hoje apresentado
pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC).
Com início na estação ferroviária de Santa Comba Dão, na
linha da Beira Alta, no distrito de Viseu, a Ecovia do Mondego vai prolongar-se
até aos limites do concelho de Penacova, já no distrito de Coimbra, após atravessar
os municípios de Mortágua e Vila Nova de Poiares.
Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado do
Desporto e da Juventude, João Paulo Rebelo, salientou que se trata de um
investimento de 1,5 milhões de euros que "ajudará a alavancar o turismo"
no interior da região Centro, “com ganhos para a economia” nacional.
João Paulo Rebelo, que interveio esta segunda-feira, 27 de
julho, na cerimónia da assinatura do auto de consignação da empreitada da nova
ciclovia, um prolongamento da Ecopista do Dão, realçou que a obra insere-se
“numa lógica de rede” que valoriza este destino turístico na área “cycling
& walking”, ligada à fruição da natureza e da paisagem.
Mais de 7 mil quilómetros de vias cicláveis em todo o
país
Nos próximos 10 anos, a estratégia do Governo aponta para a
existência em Portugal de mais de sete mil quilómetros de vias cicláveis,
enquanto atualmente o país dispõe de pouco mais de dois mil quilómetros dessas
infraestruturas públicas, que reforçam a atratividade turística dos
territórios, a qualidade ambiental e a qualidade de vida dos cidadãos em geral.
“A valorização turística deste eixo estruturante, que se
desenvolve ao longo dos territórios do interior das regiões de Coimbra e Viseu
Dão Lafões, potenciará o surgimento de novas atividades económicas ligadas ao
turismo e ao desenvolvimento de novos serviços turísticos com base no
património natural e cultural existente e na valorização dos produtos endógenos”,
segundo a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, dona da obra,
em parceria com a CIM Viseu Dão Lafões e os municípios de Mortágua, Penacova,
Vila Nova de Poiares e Santa Comba Dão.
Para o presidente da CIM da Região de Coimbra, José Carlos
Alexandrino, a Ecovia do Mondego “vem dar resposta à mobilidade crescente de
todos e esbater assimetrias”, propiciando aos cidadãos “uma maior fruição
das zonas ribeirinhas”.
“Este é, sem dúvida, um equipamento que permitirá
alavancar a atratividade do nosso território e dar um grande impulso ao turismo
e à economia local”, sublinhou na ocasião o também presidente da Câmara
Municipal de Oliveira do Hospital.
Por sua vez, o presidente da Entidade Regional de Turismo de
Centro, Pedro Machado, disse à Lusa que este investimento vem reforçar “a
aposta nos mercados internacionais”, designadamente da América do Norte,
América Latina e Europa, que mais se têm desenvolvido na área “cycling &
walking”. Tal aposta permite “uma transversalidade com outros produtos
turísticos”, desde logo no interior, podendo ainda contribuir para a retoma da
economia após a pandemia da covid-19.
“Esta obra reforça o posicionamento da região Centro nos
mercados turísticos, ao nível nacional e internacional", acentuou
Pedro Machado.
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