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Correios de S. Pedro de Alva podem ir para privados



Autarcas de seis freguesias, assim como grande parte da população, estão contra a criação de um posto dos CTT, que irá ter menos valências


Cerca de duas centenas de pessoas protestaram, no domingo, em São Pedro Alva, Penacova, contra a intenção dos CTT de transformar a estação de correios daquela localidade num posto de correios, que tem como inconveniente a redução dos serviços disponíveis.
O presidente da Junta de Freguesia de São Pedro de Alva, que promoveu a manifestação e sessão de esclarecimento, em frente à estação dos correios de São Pedro de Alva disse que se trata de «um processo transversal aos dois mandatos» autárquicos, havendo «mais de cinco anos de pressão por parte da empresa para que a junta assuma os serviços do posto de correio».
Luís Adelino explicou que a solução proposta pelos CTT passa pelo pagamento de «algumas centenas de euros, insuficientes para pagar um salário, para que a Junta de Freguesia passe a disponibilizar os serviços de um posto de correio, na sua própria sede, ou nas instalações actuais, cedidas por um particular para a função de estação de correios.
O autarca salientou que a estação de correios serve pelo menos seis freguesias do concelho de Penacova (São Pedro de Alva, São Paio do Mondego, Travanca do Mondego, Oliveira do Mondego, Paradela da Cortiça e Friúmes).
Sublinhou Luís Adelino que «também muitas pessoas de S. Martinho da Cortiça (concelho de Arganil) vêm cá tratar de assuntos, porque o posto de correio que lá existe não tem todos os serviços de uma estação de correios».
O presidente da Junta de Freguesia de São Pedro de Alva explicou que já foi contactado várias vezes por parte dos CTT no sentido de aceitar o posto de correio, mas considera, pela «compensação financeira baixa e pela perda de serviços prestados», que «a proposta não pode ser aceite». «Estamos aqui para defender a população», frisou.
O último contacto por parte dos CTT foi realizado em Março e motivou, mais uma vez, o protesto por parte da Junta de Freguesia, que organizou o protesto que, no domingo passado, juntou vários autarcas e ex-autarcas, assim como grande número de populares.
Luís Adelino disse que «os CTT têm exercido grande pressão», e denunciou que, após a reunião com a Junta de Freguesia, «foram contactadas entidades privadas, no sentido de aceitarem receber o posto de correio».
O autarca refere mesmo que «há uma entidade privada disposta a aceitar», situação que colocaria em cheque «tudo aquilo que defendemos e por que andamos a lutar», explicando que, nos termos da legislação vigente, «caso os CTT não encontrem parceiros», a estação de correios tem de se manter a funcionar».




Junta de Freguesia opõe-se às pretensões dos CTT e lança críticas ao vice-presidente da Câmara de Penacova


O presidente da Junta de Freguesia de São Pedro de Alva teceu algumas críticas à postura do vice-presidente da Câmara Municipal de Penacova, Ernesto Coelho, que declarou, na manifestação de domingo, participar apenas a nível pessoal.
«Estamos aqui para defender as populações e os cargos que desempenhamos são mais importantes que as posições pessoais», referiu Luís Adelino, lembrando que, o próprio presidente da câmara, Humberto Oliveira, participou e discursou, confessando-se solidário com os anseios e preocupações das populações.
Ao que foi possível apurar, o mal-estar entre os dois autarcas terá surgido pelo facto da Fundação Mário da Cunha Brito, dirigida por Ernesto Coelho, ter, alegadamente mostrado receptividade para se tornar parceira dos CTT neste processo.

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