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BOMBEIROS - Apresentação do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios


Marcada para o passado dia 30 de Maio, à noite, a assembleia-geral da Associação Humanitária de Bombeiros de Penacova se tinha como agenda a apresentação da movimentação respeitante ao ano de 2013 quer em termos de iniciativas e financeiros, há a salientar a apresentação do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, trabalho que não deixou de ter uma análise interessante e curiosa dos sócios presentes.

Presidida pelo titular, António Miranda, foi lido o relatório pelo responsável da sua elaboração, Dr. Luís Rodrigues, que, de uma forma sucinta e esclarecedora deixou a nota de que as contas da Associação não vão mal.

Os ventos futuros não serão de feição… com o bar a deixar preocupação

Da parte do presidente da direcção, Paulo Dias, vieram alguns esclarecimentos sobre o empréstimo da viatura adquirida, cuja amortização foi feito o total e daí advir uma boa receita, bem como referiu a nova forma do recebimento das quotas durante o ano, através dos CTT e sistema bancário. Apesar de serem as quotas e as boas vontades o sustentáculo da Associação, que com estes métodos «só não pagas as quotas quem não tiver vontade para isso», contudo, não deixou de o preocupar o ano de 2015, um pouco perturbador, dadas as normas que vão ser impostas, pois os transportes passarão a ser sujeitos a concurso público. Acentuou que, com estas normas, «há que repensar as políticas de sustentabilidade e por isso os ventos não são bons no futuro».

Sendo o bar um espaço que vai dando prejuízo, 1.300 euros de negativo em 2013, no entanto, no ano em curso, houve já alguma melhoria, com saldo. No entanto foi reconhecido que, apesar de tudo, o bar é necessário, pois por vezes há situações que não se controlam, devido a visitas de outras corporações, mas que cada um deve ter a sua responsabilidade em administrá-lo. Além do mais, o bar é um espaço de encontro… como afirmou o comandante António Simões, pois em tempo de incêndios e outras situações, «temos que assumir que nem tudo o que sai do bar é pago, que não deve ser pago, havendo situações que a isso obriga».

Sobre encargos sobre o pessoal, seja ele efectivo (144.341,99 euros), seja voluntário (79.976,15 euros), o total despendido ascendeu a 271.717,90 euros, tendo como subsídios do Governo, 70.595,29 euros; Autoridade Nacional Protecção Civil, 226.102,36 euros; Município de Penacova, 37.996,84 euros; Outros, 1.321,65 euros; e doações e heranças (donativos), 30.769,12 euros. Em resumo, enquanto o total do capital próprio foi de 2.265.848,84 euros, o total do capital próprio e passivo, 2.399.793,58 euros, o que deu um resultado líquido do período, de 23.171,22 euros.

Uma nota curiosa, porém, é o tipo de ocorrências que durante o ano se registaram, por exemplo, abertura de portas, 20; resgaste de animais 6. E mais: transporte de doentes, 9.796; doenças súbitas e/ou quedas, 1.750; deslocações serviço geral, 201; incêndios florestais, 136; corte de árvores/desobstrução de via, 112; formação, 98; acidentes de viação, 80; lavagens de pavimento, 50; deslocações oficiais, 42; patrulhamento/ vigilância, 30; incêndios urbanos, 13; apoio a provas desportivas/apoio social, 10; incêndios rodoviários, 9; simulacros, 5; busca de desaparecidos, 5; abastecimento de água, 4; desabamento de estruturas, 2; inundações, 1; queda de postes eléctricos, 1.

O comandante apresentou Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios

A finalizar os trabalhos, no ponto livre, o comandante Prof. António Simões apresentou o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, o qual, objecto de alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 17/2009 de Janeiro, e que terá o seu desenvolvimento entre 2014 e 2018, estabelece as acções necessárias à DFCI e inclui, para além da prevenção, a previsão e a programação das intervenções das diferentes entidades perante a eventual ocorrência de incêndios. Refere o documento que a população residente no concelho é de 15.251; alojamentos, 8.340, com uma área total de 21.646,63 ha; com uma área florestal de 17.342,34, acrescentando-se 900 ha como perímetro florestal do Buçaco, e 300 ha de baldios municipais. O Plano faz alusão ao enquadramento geográfico de cada uma das oito freguesias, num total, em área de 216,7 kms2; caracterização da ocupação do solo; caracterização dos povoamentos florestais; áreas protegidas, Rede Natura 2000 e regime florestal; instrumentos de planeamento florestal; equipamentos florestais de recreio, zonas de caça e pesca; pontos de água existentes no concelho…

A Fanfarra em declínio?

A finalizar a sessão, ainda houve tempo do responsável pela Fanfarra, José Miguel Alvarinhas, que fundou em 1976, se lamentar do enfraquecimento da mesma, por falta de elementos. Apesar de todas as suas boas intenções em manter e preservar a Fanfarra, diz estar a ser vencido, porque vê que não há vontades… E o presidente da direcção aproveitou para louvar a acção do ex-sargento do Exército na criação e acompanhamento da Fanfarra, já que esta não deve acabar, como disse o comandante, pois sem Fanfarra as formaturas não têm a mesma cor e colorido festivo.



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