CAMPANHA - Banco Alimentar recolheu menos 15,8% que em 2013
Apesar
da descida em relação a Novembro do ano passado, há uma subida comparativamente
a Maio
Durante
o fim-de-semana, foram recolhidas 93 toneladas de alimentos na campanha do Banco
Alimentar Contra a Fome de Coimbra, valores que representam um decréscimo de
15,8% relativamente à campanha de Novembro de 2013, anunciou José Santos
Andrade, acrescentando que, em contrapartida, se regista um aumento de 23,4% no
que respeita à acção de Maio.
Ainda
assim, o presidente da direcção do Banco Alimentar Contra a Fome de Coimbra faz
um «balanço positivo» da iniciativa que envolveu cerca de 2500 voluntários e
esteve em 85 estabelecimentos comerciais do distrito, um recorde de participações,
que representa a preocupação em alargar o âmbito da actuação da instituição, frisou
José Santos Andrade.
Os
dados de Coimbra acompanham a tendência nacional, que se traduziu numa quebra de
15% em relação ao período homólogo do ano passado, o que representa a
angariação de um total de 2.325 toneladas de alimentos em 1.995 superfícies comerciais
e que contou com a colaboração de 42 mil voluntários.
Na
análise à campanha, que decorreu sábado e domingo, o responsável pela
organização do distrito de Coimbra destaca «o entusiasmo» dos voluntários. Só
no armazém do Banco Alimentar, localizado em Cernache, estiveram cerca de 400
pessoas a trabalhar na separação e organização dos alimentos, que agora serão distribuídos,
através de mais de 100 instituições de solidariedade social, a cerca de 13 mil pessoas
com carências comprovadas.
Até
domingo, é também possível contribuir para a campanha através da “Ajuda Vale”, que
tem como lema “Uma ajuda que não pesa mas vale”, pedindo um vale com um código de
barras para poder doar produtos nas caixas dos supermercados ou gasolineiras
(BP e CEPSA) e online através do endereço alimentestaideia.net.
Embargo
da Rússia faz aumentar
José
Santos Andrade destaca ainda que, apesar da importância da ajuda das campanhas regulares
do Banco Alimentar, ao armazém chegam, frequentemente, bens provenientes, maioritariamente,
de produtores, que já não estão em condições de entrar no mercado. Fazendo as
contas até Outubro, sem contar com o resultado da campanha do passado
fim-de-semana, deram entrada cerca de 300 toneladas de alimentos, sendo que
cerca de 75 toneladas dizem respeito à campanha de Maio e o restante à entrega
dos produtos.
Uma
das justificações que o presidente do Banco Alimentar Contra a Fome de Coimbra
encontra para este aumento de 27%, está relacionada com o boicote da Rússia aos
bens alimentares do Ocidente. Com este aumento de alimentos doados, este ano,
já foi possível apoiar 150 instituições, o que representa mais 40% do que o ano
passado. | Patrícia Isabel Silva