IP3 - Requalificação é uma “manobra de ilusão”
O presidente do Conselho Empresarial da
Região de Viseu, João Cotta, considera que o anúncio da requalificação do IP3,
feito pela Estradas de Portugal, não passa de uma “manobra de ilusão”, que gera
mais dúvidas do que certezas.
O responsável aproveitou ontem a
presença do secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, em
Viseu, onde participou no debate “Desafios e oportunidades para as empresas da
Região de Viseu”, para explicar que considera tudo “imprevisível e vago”.
No final do encontro, no qual participaram
o presidente da Câmara de Viseu, além de várias dezenas de empresários, João Cotta
adiantou aos jornalistas que no caso de se concretizar a auto-estrada para
Coimbra, “Viseu ficará servido de boas vias de comunicação, mas também cercado
de portagens”.
Explicou ainda que a melhor solução
passa por requalificar o traçado existente. “O actual IP3 é perigoso. Não tem
bermas, em alguns troços conta com separador central, mas este ocupa parte da
via de circulação. Trata-se de uma via que é utilizada diariamente por milhares
de pessoas que se deslocam aos seus empregos, pelo que o ideal seria uma
solução sem portagens”, adiantou.
João Cotta referiu ainda que irá pedir
uma audiência ao secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, para obter
mais informações sobre o processo e para dar conta das suas preocupações.
Questionado pelos jornalistas, o
secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, explicou que o processo
da ligação rodoviária entre Viseu e Coimbra ainda está numa fase muito inicial,
pelo que o Governo ainda está numa fase em que estuda as diversas alternativas
existentes para a execução do financiamento da obra. “Há muitos detalhes que
ainda estão por definir”, referiu. | José Fonseca