LIVROS - Penacova e a sua Casa Amarela
Aquela
casa imponente, a Casa Amarela, no cimo duma colina a acenar as boas-vindas aos
visitantes de Penacova.
Reli o livro 'A Casa
Amarela', apoiado e patrocinado, entre outras entidades, pelo Município e Junta
de Freguesia de Penacova, que me fascinou. Em primeiro lugar, por me ter
transportado a tempos remotos, ora através do mundo real, ora através do
imaginário.
Em segundo lugar,
porque accionou a minha memória fotográfica e voltei a ver aquela casa
imponente, a Casa Amarela, no cimo duma colina a acenar as boas-vindas aos
visitantes de Penacova.
A Primavera tinha
chegado havia pouco tempo e a vila já estava envolvida por um manto amarelo, um
amarelo luminoso a espreitar por entre o fresco verde que nos acompanha quase
desde Coimbra até à vila. São as acácias em flor que, tal como a Casa Amarela,
nos recebem de “braços abertos”, nos iluminam as curvas do caminho e nos
mostram uma região montanhosa debruçada sobre o rio Mondego que vemos seguir em
direcção a Coimbra, transportando até ao mar quantas lendas, quantas lembranças
e até as nossas fantasias. Citação do livro: “O Amor e a Fantasia alimentam a
vida. Sem estes, o homem entristece, empobrece e morre só, tal como assim
viveu. Dília”
Outra das minhas
lembranças foi, depois de subir e descer ruas impecavelmente limpas e floridas,
depois de apreciar a arquitectura de casas senhoriais, e não só, observar do
miradouro, ao fim da tarde, o arco-íris a tocar duas montanhas, confirmando-nos
que a natureza, em todo o seu esplendor, está presente neste local.
Penacova está tão
perto de tudo e de todos que o vento traz até nós, em melodia campestre, a
abafada voz das mimosas: “Não esqueçam, nós somos os olhos da Primavera,
estamos prestes a eclodir e a misturar as nossas cores de oiro e mel no verde
da natureza!”
Maria Clara Costa