POLITICA - Coimbra desmente falsificação de fichas de militantes
O presidente da Federação
Distrital de Coimbra do Partido Socialista, Pedro Coimbra, reiterou ontem a sua
inocência relativamente às alegadas fichas falsas do partido. Em comunicado, o
dirigente entendeu que era chegada a hora de emitir “algumas considerações”
sobre este assunto.
Depois de explicar as razões que
o levaram a ficar em silêncio sobre este caso até este momento, o atual
deputado socialista reafirma que nunca cometeu “qualquer tipo de
irregularidades ou ilegalidade, desta ou de outra natureza”. “Todos os atos
eleitorais internos que se têm disputado nos últimos anos têm sido
transparentes, porquanto as mesas de voto são fiscalizadas por presidente,
secretários e delegados em representação de todos os candidatos e de todas as
candidaturas”, frisou em comunicado. Para além disso, recorda, cada militante
tem de apresentar cartão de militante e cartão de cidadão antes de exercer o
seu direito de voto. Sobre os cadernos eleitorais, Pedro Coimbra afirma que
eles já elegeram dois secretários-gerais, presidente de federação, presidentes
de concelhia e secretários coordenadores.
Apesar disso, eles podem conter
“incorreções, irregularidades e omissões, tal como acontece com os da
República, com que elegemos presidentes, deputados e autarcas”. “Erros esses
que devem merecer um vigoroso esforço de correção no tempo certo, no partido a
nível nacional”, frisa. Estas declarações, prestadas através de comunicado,
aconteceram no mesmo dia em que se ficou a saber, através do Jornal de Notícias,
que um acordo entre o Ministério Público e os cerca de 20 militantes do
partido, que cometeram crimes de falsificação de fichas de filiação no PS,
evita os arguidos de ir a julgamento em troca de pagamentos em dinheiro ou
trabalho comunitário.
De acordo com a notícia, falta
apenas obter a concordância da juíza do Tribunal de Instrução Criminal de
Coimbra para que seja determinada a suspensão provisória do processo judicial.
António Alves | Diário As Beiras