GASTRONOMIA | Lampreia inspira produtos gastronómicos inovadores
Degustar o arroz de lampreia é a
grande motivação de quem visita Penacova por estes dias. Todavia, diversas
entidades do território têm vindo a fazer um esforço adicional de
diversificação, tentando “descobrir” novos produtos gastronómicos que utilizem
a lampreia como matéria-prima.
Na linha da frente da inovação
está a Escola Beira Aguieira (EBA), que deixou de funcionar em Mortágua, para
concentrar toda a sua atividade em Penacova desde o início do corrente ano
letivo.
A lecionar os cursos
profissionais de técnicos de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos,
Auxiliar de Saúde, Gestão do Ambiente, Restaurante – Bar e Cozinha/Pastelaria,
é através desta última especialização que estão a ser desenvolvidas e
confecionadas – principalmente nos últimos cinco anos – receitas originais como
quiche de lampreia, empadas, morcela de lampreia e escabeche. Este ano a grande
novidade, adianta João Fonseca, gerente da EBA, é um prato de lampreia com
algas e feijão.
Todo o trabalho de apuramento do
sabor é feito na cozinha da escola, por grupos de trabalho, em que os alunos
são coordenados pelo chef cozinheiro António Martins.
"Segredo bem guardado"
Por agora, estas novas sugestões
gastronómicas ainda não passam de “um segredo bem guardado por alguns”,
atendendo a que a difusão dos produtos ainda é muito reduzida, mas a escola
acredita que “assim também se dá um contributo inovador para a divulgação da
lampreia nesta região”.
Em 2016, num ano em que o rio
Mondego comporta um grande caudal, o que ajuda as lampreias a subir o rio –
vencendo mais facilmente os obstáculos que se colocam no seu percurso –
Penacova reforça a oferta, alargando a época de consumo entre janeiro e abril.
Neste contexto, para além do tradicional festival gastronómico anual que agora
se realiza, a Câmara Municipal de Penacova, juntamente com os nove restaurantes
aderentes, tem intensificado a promoção desta especialidade gastronómica nos
concelhos vizinhos e grandes cidades.
António Rosado | Diário As Beiras