PREVENÇÃO - Governo garante 10 milhões de investimento em Coimbra para evitar mais cheias
O Ministério do Ambiente pretende
investir 20 milhões de euros em zonas inundáveis e no sistema de monitorização
para evitar cheias, em oito obras e instalação de equipamentos em 25 locais,
incluindo 10 milhões de euros em Coimbra, onde se destaca a obra do
desassoreamento.
O investimento, que será visível
ainda em 2016, «inclui oito obras e a instalação de equipamentos em 25 locais
para medir os caudais e simular a sua evolução», anunciou ontem o Ministério
liderado por João Matos Fernandes.
As obras terão várias dimensões e
vão ocorrer nos rios Lima e Vez, na Foz do Cávado, no Tâmega, na Ribeira do
Prior Velho (junto ao Trancão) e no Mondego, que recebe três intervenções.
O desassoreamento do leito do
Mondego, junto a Coimbra, com 6,5 milhões de euros, é a obra que, segundo o
comunicado do Ministério, implica um montante mais expressivo e «visa criar uma
nova capacidade de encaixe para as cheias frente à cidade». Ainda no Mondego
serão investidos 3,5 milhões de euros na limpeza e desassoreamento dos leitos
periféricos do rio. A expectativa do Ministério é que estes investimentos em
algumas zonas críticas, que serão suportados pelo PO SEUR (programa operacional
de sustentabilidade e eficiência no uso dos recursos), minimizem o risco de
cheias, cumprindo a estratégia de adaptação às alterações climáticas. Entre as
intervenções estão a criação de galerias ripícolas e de margens de construção
de galerias de águas pluviais para desviá-las das zonas urbanas. Os trabalhos
de monitorização totalizam 700 mil euros, acrescenta a informação.
Além de Coimbra, serão investidos
cinco milhões de euros na regularização fluvial da ribeira do Prior Velho, no
troço terminal Coberto-Loures, enquanto a valorização e requalificação das
margens e leito do rio Tâmega terão 260 mil euros.
Para «diminuir significativamente
o volume de água que aflui ao sistema de drenagem da cidade de Esposende,
evitando as inundações com origem na água drenada pelas diferentes ribeiras»,
serão canalizados 4,5 milhões de euros para construção de um sistema
interceptor e de desvio da área urbana.
O controlo da erosão das margens
do rio Lima e Vade em pontos considerados mais críticos, situados dentro dos
limites urbanos do concelho de Ponte da Barca, terá um investimento de 200 mil
euros, a executar este ano.
Socialistas satisfeitos
Quer o PS
de Coimbra quer a Juventude Socialista elogiaram ontem este anúncio do Governo.
Tiago Estêvão Martins, presidente da Federação Distrital de Coimbra da
Juventude Socialista, destaca o facto do actual Governo «em menos de 100 dias
fazer mais do que o Governo de Passos Coelho em 4 anos». Também a concelhia do
PS «congratula o Governo do PS pelo sentido de prioridade de investimento no
Mondego»
Fonte | Diário de Coimbra