INICIATIVA - “Jazz nas Filarmónicas” chega a músicos no distrito
Na edição em que assinala os
15 anos, o Jazz ao Centro - Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra, a
decorrer entre 13 e 28 de outubro, para além de estender o seu programa a outros
palcos da região, também alarga a sua influência no âmbito do serviço educativo,
promovendo ações de formação e apresentações públicas com as filarmónicas de
Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares, mas também com a Orquestra de Jazz da
Escola de Artes do Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz.
E o projeto “Jazz nas
Filarmónicas”, inédito a este nível, merece ampla aprovação de todos os
responsáveis por cada umas das coletividades envolvidas.
Em declarações ao jornal,
Ricardo Gabriel, maestro da Orquestra de Jazz da Escola de Artes do CAE da
Figueira da Foz, Luís Paulo Salgado, maestro da Filarmónica Mirandense, e
Richard J. Bradley, presidente da direção da Filarmónica Fraternidade
Poiarense, são unânimes na qualificação do projeto, que consideram uma
“mais-valia” para os músicos envolvidos, mas também para o público que acaba
por ser “atingido” por este tipo de iniciativa de formação.
Para os responsáveis do Jazz
ao Centro – que têm tentado envolver no projeto as coletividades e as
autarquias da região de Coimbra –, a “afirmação” do serviço educativo acontece
nesta 15.ª edição do festival, não apenas com o projeto “Jazz nas Filarmónicas”
– ver agenda ao lado –, mas também com a exposição bibliográfica “Histórias do
Jazz” – a abrir amanhã, na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra –, e a
masterclass com Carlos Bica Trio Azul.
“Um
festival para a região”
Com uma história de quase
três séculos, as filarmónicas são das mais antigas associações culturais de
Portugal. Assumindo o “inquestionável” papel que lhes cabe “enquanto centros comunitários e de formação
musical, que atravessa e cruza várias gerações”, o Jazz ao Centro Clube
(JACC), entidade que, há 15 anos, promove o festival Jazz ao Centro, nesta data
simbólica sob o desígnio “um festival
para a região”, entendeu convocar algumas filarmónicas para que, assim,
aconteça “o verdadeiro encontro que a música permite”.
“Cruzamentos
e contágio”
Criar “oportunidades de
cruzamento e contágio entre o jazz e os repertórios” da Filarmónica Mirandense,
de Miranda do Corvo, e da Filarmónica Fraternidade Poiarense, de Vila Nova de
Poiares, foi o “desafio” que lançado e aceite pelos músicos Luís Cunha e
Eduardo Lala, respetivamente.
No final do período de
formação, sublinham os responsáveis do Jazz ao Centro, haverá lugar à
apresentação públicas das bandas filarmónicas.
Igualmente “entusiasmante” é
encarado o projeto com a Orquestra de Jazz da Escola de Artes do Centro de
Artes da Figueira da Foz, que apresentará em “showcase”, a 21 de outubro, no
Convento São Francisco, em Coimbra.
Destaque especial merece
ainda, no âmbito do serviço educativo do festival Jazz ao Centro, a masterclass
com Carlos Bica, Frank Mö bus e Jim Black – Trio Azul –, mas também a
apresentação do espetáculo musical “O jazz é fixe!”, com os músicos Vânia
Couto, João Mortágua e Álvaro Rosso, no próximo sábado, dia 14 de outubro, a
partir das 11H30, no Auditório Municipal da Figueira da Foz, destinado a todo o
pú- blico, mas especialmente aos mais novos e às famílias.
Lídia
Pereira – Diário As Beiras