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MOBILIDADE - Governo quer privados a gerir carregamentos de carros eléctricos até 2019


O secretário de Estado Adjunto e do Ambiente acredita ser «perfeitamente viável até 2019» os privados passarem a ser responsáveis pela gestão da rede de carregamentos de carros eléctricos.

«O Estado tem, até hoje, levado o Programa [Nacional de Mobilidade Eléctrica] “ao colo”, mas penso que estão reunidas todas as condições para os privados entrarem no negócio», afirmou José Mendes, que esteve ontem no Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) para participar numa sessão sobre “Mobilidade Eléctrica”, no âmbito da Iniciativa Energia para a Sustentabilidade da UC.

O governante revelou que, só do ano passado para este ano, houve um crescimento de 113% na compra de viaturas eléctricas em Portugal. «As vendas estão a duplicar a cada ano», especificou. Além disso, anunciou que, até ao final do ano, o país irá dispor de 1.600 pontos de carregamento rápido e semi-rápido, espalhados por todos os municípios, estando também a ser ultimado - para entrar em funcionamento ainda este semestre - o projecto de Gestão da Rede de Carregamento, dependente de alguns pormenores no que respeita ao modo de pagamento que, como sublinhou, o Governo quer que seja «equivalente à rede Multibanco».

José Mendes acredita que «Portugal voltará ao radar da inovação», depois da estagnação entre 2011 e 2015 (em que não foi instalado qualquer posto de carregamento e 40% dos que existiam ficaram «inoperacionais») e atrairá o investimento privado, que tem faltado e que tem justificado o envolvimento financeiro do Estado neste processo.

O estímulo ao uso do carro eléctrico foi apenas um dos pilares da política do Governo em matéria de mobilidade referidos pelo secretário de Estado em Coimbra. José Mendes, que confirmou a intenção do Governo de colocar um ponto de carregamento de carros eléctricos em cada instituição de ensino superior pública do país, falou na importância do envolvimento da academia na estratégia de redução das emissões de CO2.

«Produzimos 8 gigatoneladas de CO2 em cada ano. A previsão é que, em 2050, estejamos a produzir 16, mas há um stock de tecnologias que nos permitem reduzir para as 5 a 6 gigatoneladas. Não podemos atacar a questão das emissões se não tivermos uma postura agressiva e a academia pode dar uma importante contributo», afirmou.

Ana Margalho - Diário de Coimbra

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