CIDADANIA - Petição para a criação de unidade de cuidados continuados em Lorvão já ultrapassou as 4000 assinaturas
Mesmo assim, prosseguem as ações de recolha de assinaturas nas
missas, nos eventos culturais da região, nas empresas, nos estabelecimentos
comerciais, sendo a próxima grande ação à porta dos Hospitais da
Universidade de Coimbra, no próximo domingo à tarde!
Foi em março que um grupo de cidadãos da freguesia de Lorvão e do concelho
de Penacova, confrontados com a falta de vagas em serviços de Cuidados
Continuados e assistindo à degradação das instalações do antigo Hospital
Psiquiátrico de Lorvão, encerrado há 6 anos, decidiu constituir-se em movimento
cívico, o Movimento + Saúde para o Hospital de Lorvão, reclamando a reconversão
das instalações do antigo Hospital Psiquiátrico de Lorvão e a sua integração na
Rede Nacional de Cuidados Continuados (RNCCI).
Em reunião com a população, no dia 10 de março, onde estiveram mais de 70
pessoas, ficou bem claro que a falta de vagas de Cuidados Continuados é sentida
e partilhada por muitas famílias desta região e geradora de grandes
perturbações familiares e profissionais, decidindo-se aí, por unanimidade,
promover uma petição pública, que levasse o assunto a debate na Assembleia da
República.
São inúmeras as razões apontadas nessa reunião e que nos chegam dos
subscritores, que dão sentido a esta pretensão, nomeadamente:
- As instalações do Hospital estarem afetas ao CHUC - Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, que se debate com dificuldades em libertar camas para situações mais agudas;
- Que o Hospital de Lorvão beneficiou de obras um ano antes de encerrar e que as instalações devolutas se degradam mais rapidamente;
- Que o CHUC, apesar de ser a maior unidade de saúde da Região Centro e uma das maiores do país, não dispõe da valência de Cuidados Continuados;
- E que fica muito mais económico ao país e ao Serviço Nacional de Saúde, o internamento em Unidades de Cuidados Continuados do que nos Hospitais Centrais.
Ora, sendo o Serviço de Cuidados Continuados, quer em regime de
internamento, quer em apoio domiciliário, uma decisão médica e não uma opção
particular dos utentes, entendemos que esse tratamento deverá ser assegurado
pelo Serviço Nacional de Saúde e é esse o debate que queremos promover, que
queremos levar à casa da democracia e a toda a opinião pública.
Para além das razões de saúde e da necessidade deste serviço na zona
centro, há ainda a razão económica e de desenvolvimento da região que a Unidade
de Cuidados Continuados possibilita, ao invés de outras soluções pouco
credíveis que foram apontadas para este edifício, ou da sua progressiva
degradação.
Com vista à instrução deste debate, solicitámos reuniões/encontros com
todos os Grupos Parlamentares da Assembleia da República, ao senhor Presidente
da Câmara Municipal de Penacova e com as entidades públicas da área da saúde.
Eduardo Ferreira - Movimento + Saúde para o Hospital de Lorvão
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