ALERTA - Presidente da ANF ontem em Figueira de Lorvão, preocupado com a sobrevivência das farmácias
O presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF)
afirmou ontem em Figueira de Lorvão, que «nos
últimos oito anos encerraram 150 farmácias porque estavam em locais ande não existia
Interesse económico para as manter abertas»
Mas, advertiu Paulo Cleto Duarte, «abriram 200 novas farmácias, noutros locais mais competitivos. «Estão
todas concentradas no litoral e nós não queremos isso», sublinhou.
O dirigente falava aos jornalistas no final de uma visita
à Farmácia Luz Marques. onde se deslocou para a recolha de assinaturas para a
petição “Salvar as Farmácias".
O documento será entregue na Assembleia da República a
solicitar a aprovação de um programa legislativo para o sector farmacêutico.
O presidente da ANF defendeu que farmácias como a Luz
Marques, de Figueira de Lorvão, que fazem parte da rede do Serviço Nacional de
Saúde, devem ter uma «discriminação positiva em relação às outras, uma vez que
prestam um serviço de proximidade».
Paulo Cleto Duarte recordou que a proprietária daquela
farmácia, Maria da Luz Marques, tem uma vida dedicada à comunidade e que
praticamente não teve férias durante grande parte da sua vida profissional.
Por outro lado, Maria da Luz Marques conhece muito bem as
pessoas que se dirigem ao seu estabelecimento, como uma moradora de Coimbra que
ali se desloca para adquirir um medicamento que fica mais barato do que
comprado em Coimbra.
A campanha envolve a distribuição de folhetos nas farmácias
e a subscrição de um documento que alerta para o risco de encerramento de
quase 25% da rede.
A petição apresenta um conjunto de propostas para garantir
a sobrevivência destas unidades e serviços de saúde de proximidade a todos os
portugueses.
As farmácias convidam os seus utentes a assinar uma petição
com sete objectivos, o primeiro dos quais garantir a igualdade e equidade no
acesso ao medicamento.
Os signatários sugerem também a atribuição de incentivos
e melhores condições de funcionamento para as farmácias mais frágeis e a proibição
de concentração de farmácias, da instalação dentro dos hospitais e da prática
de descontos nos medicamentos com preço fixado pelo Estado.
O documento recorda
que «as farmácias têm prejuízo para
garantirem a dispensa de medicamentos comparticipados peio Estado» e que as
unidades de menor dimensão, «que servem
populações mais isoladas e envelhecidas, não estão a conseguir sobreviver».
«A austeridade sobre o sector do medicamento
não pode ser eterna», acrescentam, lembrando que no ano passado faltaram 64
milhões de embalagens.
A campanha chama também a atenção dos portugueses para
os valores e as realizações do SNS, que comemora 40 anos, sugerindo que «uma das melhores forma de o celebrar será
garantindo a sobrevivências das farmácias».
Segundo Paulo Cleto Duarte, que se deslocou a Vila Nova
do Ceira, Góis, já foram recolhidas 56 mil assinaturas e a ideia é ultrapassar
as 100 mil. A Campanha decorre até ao final deste mês.
Freguesia
com população muito envelhecida
A Farmácia Luz Marques abriu há 39 anos em Figueira de
Lorvão. Foi precisamente em 1980. Mudou-se para as actuais instalações em 1996,
que tiveram já de ser ampliadas, como contou António Marques, marido de Maria
da Luz Marques, casal que conta agora com o apoio da filha e do genro na gestão
da farmácia.
Figueira de Lorvão conta com 2800 habitantes, recordou o
presidente da Junta de Freguesia. Pedro Assunção sublinhou que Figuelra de
Lorvão tem uma população «muito envelhecida»
e com uma grande percentagem de emigrantes. O autarca local disse ainda que
cerca de uma centena de crianças frequenta o ensino pré-primário e primário.
José
João Ribeiro – Diário de Coimbra
Excelente farmácia, a dra maria da luz, o seu marido e a sua filha são pessoas muito humildes e generosas, estão sempre disponíveis em ajudar os utentes e não só. Espero que a filha consiga levar esta farmácia para a frente por muitos e longos anos. São 5 estrelas. Bjhs da Teresa amaral.
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