REFLORESTAÇÃO - Mata do Bussaco e Água do Luso plantam 35 mil árvores em área destruída pela tempestade Leslie
Cada uma das árvores plantadas corresponderá ao dorsal dos
atletas que participam em provas de atletismo patrocinadas pela Água de Luso,
devendo a plantação arrancar "imediatamente
a seguir à Meia Maratona de Lisboa", marcada para domingo.
"Graças ao
inestimável contributo da Água de Luso, vamos repor, este ano, muito mais do
que aquilo que perdemos com a tempestade Leslie", refere a Fundação,
destacando que "esta mega ação, sem
precedentes na história da Mata, só será possível graças ao referido mecenas".
No dia 13 de outubro de 2018, a tempestade Leslie derrubou,
num curto espaço de tempo, mais de mil árvores, deixando um rasto de destruição
na floresta pública, com clareiras em vários locais emblemáticos, tendo
provocado prejuízos a rondar o meio milhão de euros.
Algumas das árvores que tombaram com a fúria do vento
integravam o Trilho das Árvores Notáveis, que tinha acabado de ser publicado em
Diário da República, inviabilizando na altura a sua abertura oficial.
A tempestade poupou o património edificado do "Deserto dos Carmelitas Descalços e Conjunto
Edificado do Palace do Bussaco", que está na base da candidatura à
classificação de Património Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura).
A mata esteve mesmo encerrada durante um par de meses, só
reabrindo no final do ano passado, após a conclusão da primeira fase das obras
de recuperação, financiadas em mais de 200 mil euros pelo Fundo Florestal
Permanente.
"Todo o
planalto da serra do Bussaco que divide os concelhos da Mealhada, Mortágua e
Penacova, é uma área de recarga de aquíferos, que tem muitas plantas invasoras,
com grande perigo de incêndio, e que, com estas novas clareiras, mais
suscetível está de aumentar a quantidade de acácias e, por conseguinte, o
perigo de fogos florestais", explica a Fundação que gere os 105
hectares da Mata.
Serão plantadas unicamente espécies autóctones: azereiro,
carvalho, pinheiro manso, aderno, azevinho, pirliteiro, sobreiro, gilbardeira,
medronheiro.
As plantações serão feitas por voluntários, pelos
funcionários da Fundação Mata do Bussaco e por figuras públicas (artistas,
políticos, etc.). As novas árvores serão assinaladas com uma bandeira da Água
de Luso alusiva à parceria.
"Em março,
abril e maio, faremos plantações com colaboradores, clientes e fornecedores da
Sociedade da Água de Luso. Em outubro de 2019 faremos uma grande ação de
voluntariado, com a chancela da Água de Luso, para plantar as últimas 3 mil
árvores das 35 mil, na Mata Nacional do Bussaco", anuncia a Fundação
presidida por António Gravato.
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