BANDEIRA AZUL - Mais quatro praias da costa atlântica e mais duas praias fluviais ganham galardão
Quatro das 18 novas praias costeiras de Portugal que vão
ostentar este ano a Bandeira Azul são da Figueira da Foz, sendo também as
únicas novas da costa atlântica do distrito e CIM da Região Coimbra: Cabo
Mondego, Cova Gala Hospital, Murtinheira e Tamargueira. A estas junta-se uma entrada nova como praia fluvial, que é Avô, no concelho de
Oliveira do Hospital, e uma reentrada, que é Janeiro de Baixo, Pampilhosa da
Serra. Por outro lado, sai da lista a praia fluvial da Senhora da Graça, em
Serpins, do concelho da Lousã. Sobre isso, a autarquia da Lousã admitiu que a
perda da Bandeira Azul da praia fluvial esteja relacionada com as enxurradas
que afetaram o rio Ceira na sequência dos incêndios de 2017.
“Houve apenas uma
análise em que os parâmetros não foram excelentes”, disse o presidente da
autarquia, Luís Antunes, lamentando a decisão, que disse respeitar por estar “de acordo com os critérios” da ABAE.
A nível nacional, este ano, Portugal ultrapassa, pela primeira
vez, as três centenas e meia de praias (352) com Bandeira Azul, mais 20 (duas
foram despromovidas) face a 2018, sendo 317 costeiras e 35 fluviais, anunciou
ontem a Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE).
Novas
praias designadas
“São praias que talvez
aguardassem serem qualificadas como praias, porque, até aqui, ainda não eram
designadas como praias”, explica a coordenadora nacional do Programa
Bandeira Azul, Catarina Gonçalves.
Quanto aos critérios de eleição, a coordenadora nacional do
Programa Bandeira Azul sublinha que a “informação
e educação ambiental é para nós fundamental. O 2.º grande grupo tem a ver com a
qualidade da água balnear; o 3.º, serviços e equipamentos, e o 4.º, com
segurança”.
A Associação Bandeira Azul da Europa e as Águas de Portugal
aproveitaram a cerimónia de apresentação que ontem decorreu em Lisboa para
formalizar o protocolo de parceria que envolve os Programas Bandeira Azul,
Eco-Escolas e Eco-XXI. Foi ainda assinado um protocolo das Águas de Portugal
com a Associação Bandeira Azul da Europa, considerando também a empresa
multimunicipal Águas do Centro Litoral, no âmbito das Atividades de Educação
Ambiental dos municípios da sua área de influência.
O direito a hastear o símbolo de qualidade atribuído pela
Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) foi adquirido, pelas melhores praias,
desde 1987 que são, atualmente, cinco vezes mais que o grupo inicial de 71.
Então não havia nenhuma praia fluvial galardoada e em 2011 eram apenas seis.
Hoje são 35 as zonas balneares localizadas em rios ou lagos do país (mais duas
que em 2018) a poder ostentar o símbolo de qualidade. A explicar esta evolução
está o muito que se investiu no tratamento de águas residuais em todo o país,
mas também devido a uma melhor gestão das praias e à alteração do comportamento
das pessoas, fruto do trabalho de educação ambiental.
António
Rosado – Diário As Beiras
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