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CHEIAS - CAP alerta para a necessidade de olhar para problema da água do Mondego e do seu armazenamento



O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, disse esta quinta-feira que as recentes inundações na região Centro vieram reforçar a necessidade de olhar para o problema da água e do seu armazenamento.

Eduardo Oliveira e Sousa falava aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa, após ter reunido com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a quem transmitiu as suas preocupações sobre o setor agrícola e também sobre as recentes inundações na região do Mondego.

Falámos do que se está a passar na região Centro do país, em concreto das fortes inundações na região do Mondego, do que isso significa em termos da necessidade de olharmos para o problema da água como algo que precisa de ser melhor enquadrado numa perspetiva de salvaguardar aquilo que virá a seguir, muito provavelmente associado a uma nova seca

Eduardo Oliveira e Sousa afirmou que os estragos causados na região estão a ser avaliados, pelo que não possui elementos que permitam perceber até que ponto o próximo Orçamento do Estado deverá ser chamado a incluir medidas de apoio aos agricultores afetados.

Ainda que considere que as cheias "não são uma novidade na região nem no país" e que "os agricultores sabem lidar com as cheias", o presidente da CAP acentuou que o que se passou naquela região na semana passada teve "consequências" e provocou "destruição de infraestruturas" num nível que não é habitual.

A par desta questão, o responsável da CAP defendeu ser necessário que se fale "da capacidade de armazenamento, tendo em conta as regiões onde há falta de água".

O Presidente da República vai visitar a região do Baixo Mondego no sábado para obter informação no local sobre os efeitos do mau tempo, escusando-se antes disso a comentar a situação.

O mau tempo -- entre quarta-feira e domingo passados - provocado pela depressão Elsa a que se juntou no sábado o impacto da depressão Fabien provocou três mortos, deixou mais de uma centena de pessoas desalojadas, registando-se milhares de ocorrências no continente português, na maioria inundações e quedas de árvore.

Houve também condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, bem como danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.



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