SAÚDE - Serviço do SNS 24 específico para doentes oncológicos em tratamento abre este mês
O novo serviço do Centro de Contacto do Serviço Nacional de
Saúde (SNS24) pretende dar resposta às complicações que os doentes oncológicos
têm quando fazem os tratamentos.
Um serviço do SNS 24 específico para doentes oncológicos em
tratamento vai abrir este mês e estará disponível 24 horas por dia, avançou à
Lusa nesta quarta-feira a coordenadora do Centro de Contacto do SNS, Micaela
Monteiro.
O novo serviço do Centro de Contacto do Serviço Nacional de
Saúde (SNS24) foi desenhado em conjunto com a Sociedade Portuguesa de
Oncologia, com contributos da Direcção-Geral da Saúde (DGS), para dar resposta
a complicações que estes doentes muitas vezes têm quando fazem os tratamentos,
como náuseas, vómitos, diarreia, disse Micaela Monteiro.
“Muitas vezes é
difícil conseguir falar com a equipa que normalmente cuida destes doentes
quando essas situações surgem à noite ou ao fim de semana”, disse a coordenadora
do SNS24, que foi hoje visitado pelo secretário de Estado da Saúde, António
Sales, pela directora-geral da Saúde, Graça Freitas, e pelo vogal dos Serviços
Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).
Para estas situações, foi criado “um serviço disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, em que há
algoritmos específicos para estes sintomas”, adiantou.
“A resposta é
adaptada nas recomendações que vamos dando e também damos conhecimento aos
serviços que habitualmente seguem estes doentes de que houve uma intercorrência”,
explicou a coordenadora, adiantando que existem situações em que os serviços
depois entram em contacto com os doentes no sentido de os acompanhar.
Com este serviço, pretende-se evitar
que as pessoas tenham que dirigir-se a serviços de urgência ou a
outros serviços clínicos que não conhecem. Contudo, ressalvou, pode haver
situações que necessitam realmente da intervenção dos profissionais que
acompanham o doente e outras em que “será inevitável a deslocação para um
serviço de urgência ou mesmo contactar o INEM”.
“É um serviço
ajustado e personalizado para uma necessidade específica e uma necessidade
crescente”, uma vez que há cada vez mais pessoas que sofrem de uma doença
oncológica, mas também há mais tratamentos para estas doenças.
Micaela Monteiro contou que durante muitos anos dirigiu um serviço
de urgência que recebia muitas vezes doentes nestas condições, porque era “a
única resposta que estava naquele momento aberta”.
“Muitas vezes essas
pessoas do que precisavam era de uma recomendação ou de um contacto com as suas
equipas e poderia ter-se evitado uma
ida à urgência”, que “além de
desconfortável, é também um sítio onde existe o risco de contrair uma infecção”. Portanto,
defendeu, “por todas estas razões, se
nós conseguirmos arranjar alternativas que resolvem o problema às pessoas é por
aí que temos que ir”.
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