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COVID-19 - INEM garante estar preparado para transporte de doentes mas sindicato contesta



O INEM garante que está preparado para o transporte de doentes com coronavírus, com material adequado e em condições, estando os profissionais a receber formação para o manusear, uma posição contestada pelo sindicato, que pede agora apoio à tutela.

Segundo esta responsável, até agora, o INEM apenas recebeu um reporte, datado de 06 de fevereiro, relativo a uma máscara que estaria danificada, tendo efetuado "todos os procedimentos para a substituir, como habitualmente", sublinhando que esta notificação pode ser feita por vários meios e não apenas por computador.

Gostaria de realçar que, [Rui Lázaro] sendo uma pessoa que trabalha no instituto deveria saber qual o esforço que é feito, diariamente, para darmos a melhor resposta. Se estamos de boa-fé e a preocupação são os doentes, temos que fazer tudo o que está ao nosso alcance para corrigir os erros. Espera-se que as pessoas tenham uma atitude profissional e pró-ativa, vincou.

Já relativamente às ações de formação para os profissionais do INEM, a também médica notou que foi decidido fazer uma reciclagem de conhecimentos e novas formações para a utilização dos materiais em causa, procedimentos que disse já estarem a decorrer ou prestes a iniciar-se, em todo o país, e que vão abranger todas as equipas, num total de, aproximadamente, 700 pessoas.

Por sua vez, o dirigente do STEPH afirmou que o material foi enviado, para todas as bases, tardiamente e danificado, lamentando ainda que os profissionais não tenham recebido qualquer formação para manuseá-lo.

O INEM enviou duas máscaras para cada base, sendo que, nas denúncias que tivemos, em duas bases, [todas] as máscaras estavam danificadas", apontou Rui Lázaro, garantindo à Lusa que os profissionais reportaram a situação, via telefone, uma vez que os computadores das bases e ambulâncias estão avariados, porém, a reposta que obtiveram é que "não havia mais máscaras para repor.

O sindicalista notou que os problemas com os computadores têm "vários meses e alguns mais de um ano", mostrando-se ainda surpreendido pelo INEM não conhecer esta realidade.

O dirigente do STEPH reiterou que, a maioria dos profissionais, não recebeu qualquer tipo de formação e sublinhou que o instituto deixou de responder à estrutura sindical há seis meses, problema que será apresentado, na segunda-feira, em reunião com o Ministério da Saúde.

"Damos oportunidade à tutela para que resolva e nos ajude a ultrapassar estas dificuldades. Caso não aconteça, terão que ser tomadas novas medidas", avançou Rui Lázaro, sem explicar os mecanismos que podem estar em causa.

Há mais dois casos suspeitos de infeção por coronavírus em Portugal.

De acordo com a Direção-Geral da Saúde, trata-se de dois doentes que regressaram da China. Um deles foi encaminhado para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa. A outra paciente, uma estudante chinês de 21 anos, deu entrada no Hospital de Penafiel num primeiro momento e foi depois transferida para o Hospital São João, no Porto.

As unidades de Lisboa e do Porto são hospitais de referência para estas situações.

Os doentes ficam internados e serão realizadas colheitas de amostras biológicas para análise pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

Estes são o oitavo e nono casos suspeitos de infeção em Portugal. Todos os outros deram negativo para a presença do novo coronavírus.

As suspeitas surgem no dia seguinte aos 20 repatriados de Wuhan, a cidade chinesa onde foi detetado o surto de coronavírus, terem saído do isolamento voluntário, no Hospital Pulido Valente. Os 18 portugueses e duas brasileiras estão de volta à vida normal e sem restrições, depois de estarem em isolamento voluntário durante 14 dias.




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